14/08/2018 - REVENDO PROJEÇÕES DE CRESCIMENTO




Inúmeros institutos de pesquisa, em especial os bancos, costumam fazer previsões sobre a economia, depois de conhecer dados macroeconômicos, sejam eles de enquetes próprias, sejam eles de pesquisas do IBGE, da FGV, dentre outros. Já há alguns dias que os dados conhecidos do desempenho da indústria, do comércio e dos serviços decepcionaram nos números apresentados nos dois primeiros meses do ano. Quanto à agropecuária, espera-se que a safra deste ano seja menor do que a do ano passado, que foi uma supersafra. Assim, a média estimada pelas fontes citadas de incremento do PIB, que era de 3%, agora passou para 2,8%. Somente o governo ainda não reviu sua posição de 3%. Houve banco, tal como o Banco Fibra que projetou 4,1%. Porém, já adiantou que irá rever sua posição, nem sabendo se manterá os 3%.

A percepção dos analistas é de que a economia patina, em dados vacilantes. O comércio varejista tinha taxa média estimada de crescer 0,8% em fevereiro. No entanto, caíram 0,2%. Trata-se de uma ducha fria, vez que as vendas no varejo representam 60% do PIB. Para tanto o que mais contribuiu foi à elevação do desemprego sazonal, quando são demitidos os empregados temporários, elevando o exército deles para 13,1 milhões, enquanto crescia a economia informal. Os serviços tinham média esperada para fevereiro de 0,5%, mas subiram só 0,1%. A produção industrial prevista era de 0,6%. Porém, foi apenas de 0,2%.

De uma maneira em geral, as instituições de pesquisa ainda acreditam em uma retomada mais forte, a partir do segundo trimestre do ano, já que a SELIC caiu a 6,5% anuais e, devido à inflação continuar também caindo, é possível que em maio haja nova queda da taxa básica, em 0,25%.

Essa conversa de que a economia está descolada da política não é verdade. Na medida em que os escândalos políticos tem se elevado, os empresários também demonstram ser cautelosos e estão aguardando o resultado da eleição para daqui a seis meses.

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