17/04/2018 - PREVISÕES ECONÔMICAS EM QUEDA
Desta vez vem o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciar
as suas previsões bianuais, que realiza trimestralmente. Para 2017, crescimento
de 2,3% do PIB; para 2018, incremento de 2,5% do PIB. As expectativas do início
do ano, após pesquisas semanais do Banco Central, publicadas pelo boletim
Focus, aproximavam-se de 3%, para 2017 e 2018. O Banco Fibra chegou a prever
4,1% de incremento do PIB para este ano. Porém, as estatísticas que foram
lançadas pelo IBGE, relativas a fevereiro, assim como a alta taxa de
desemprego, mais próxima de 13% do que de 12%, da população economicamente
ativa, o que se traduz em 13,1 milhões de desempregados, demonstram que a
economia não se deslocou da política, como se imaginava, após a estabilização
econômica, com pequeno crescimento que se deu em 2017. Ou seja, as denúncias de
corrupção, investigadas principalmente pela operação Lava Jato, atingindo em
cheio o PT, esboçando o quadrilhão do MDB, convergindo para o PSDB, além do PP,
estão fazendo os empresários engavetarem ou não tirando dos armários seus
projetos de expansão. Afinal, os grandes empresários, os maiores, que estão nas
bolsas de valores, tiveram bons lucros. Como irão arriscar em novas opções? Exigem
que se aguardem pelo menos mais alguns meses, faltando seis meses para as eleições,
quando estarão mais claros os perfis dos novos dirigentes nacionais.
Era de esperar-se que, com a inflação recuando abaixo de 3%,
com a taxa SELIC em 6,5% e prevista mais queda de 0,25% em maio, a economia
reacendesse em direção aos 3% previstos pelo governo federal e pela maioria dos
agentes de mercado.
No entanto, no mercado de trabalho, após a forte recessão de
2014-2016, o desemprego de carteira de trabalho assinada passou a reduzir-se
sem parar, sendo relativamente compensado pelo incremento dos trabalhos
informais, que não tem a mesma segurança dos trabalhadores formais. Assim, de
março para cá, quando o desemprego voltou a crescer, mesmo por motivo das
demissões de trabalhadores temporários, o humor dos investidores tem caído.
Enfim, a indefinição se o novo presidente irá ou não promover
as reformas estruturais, a segurança jurídica e a melhoria geral do ambiente de
negócios fazem com os que investidores esperem o quadro econômico geral se
clarear.
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