27/04/2018 - INOVAÇÃO REDUZ A VIOLÊNCIA
A partir de hoje e pelos próximos cinco dias os artigos aqui foram antecipados por motivo de viagem.
No Brasil, na última década foram assassinadas 550 mil
pessoas. Um número imenso. Um prejuízo social incalculável. Em São Paulo,
criou-se o combate à violência, mediante sistema de inovação, através do
sistema de inteligência policial. Em 1999, eram 52,5 pessoas mortas por 10 mil.
Em 2017 caiu para 6,1 pessoas mortas por 10 mil. Os pesquisadores atribuem a
essa queda a um conjunto de fatores estruturais, a reforma da polícia, no
controle das armas, na mobilização de polícia comunitária par trabalhar em áreas
perigosas, novas diretrizes sobre o uso da força, mapeamento de crimes com base
em estatísticas, prêmios por bom desempenho, treinamento técnico em direitos
humanos, melhoria nas investigações e no comando da Polícia Civil e até uma
trégua com o PCC nas ações violentas, conforme artigo de Ilona Sabó de
Carvalho, em artigo na Folha do dia 25 passado.
Não foi só em São Paulo. Em Pernambuco se lançou O Pacto pela
Vida, em 2007, reunindo governo, iniciativa privada e organizações não
governamentais. Até 2013, os homicídios caíram 33%. No Rio de Janeiro com as
Unidades Pacificadoras de Polícia (UPPs) a criminalidade diminuiu. Porém, após
cerca de duas décadas, a criminalidade voltou a crescer e hoje é o reinado das
milícias. Isto porque não se implantou um sistema semelhante ao de São Paulo.
Ademais, os bandidos que estavam no Sudeste, após ação ostensiva e inteligente
da polícia, migração para o Norte e para o Nordeste. Hoje em dia agem em
periferias de Natal, Fortaleza, Maceió, Salvador, dentre outras capitais com
grande crescimento da violência.
Dessa forma, o modelo da inovação deve ser com inteligência
policial e não somente repressão.
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