13/04/2018 - AVANÇO COM RESPALDO POPULAR




Na entrevista de ontem, na Folha, o banqueiro Ricardo Lacerda, 50 anos, fundador do banco de investimentos BR Partners, cujas operações ultrapassam R$100 bilhões, ele que também detém o título de mestre em finanças pela Universidade de Colúmbia, declarou que “Não é possível mudar o Brasil sem respaldo popular. Precisamos de um presidente legitimamente eleito, respeitado e com autoridade moral para propor o melhor caminho para a sociedade”. Não é esse o perfil de Michel Temer, que tem somente cerca de popularidade com 5% da população.  Lacerda também é filiado ao Partido Novo, que tem como candidato a presidente da República João Amoedo. Trata-se também de organismo liberal, defendendo a atuação no governo da atual equipe econômica, elogiando Henrique Meirelles, que deixou recentemente o Ministério da Fazenda, para ser pré-candidato a presidente da República, mas deixando em seu lugar um ministro do mesmo perfil, além da gestão de Pedro Parente, à frente da Petrobras.

Acerca da administração de Michel Temer, concluiu que ele estabilizou a economia, mas não atendeu aos anseios daqueles milhões de cidadãos que foram para as ruas em 2013, pedindo mudanças significativas. Para Lacerda, um presidente para obter um bom caminho para o País, que é o desenvolvimento, ele precisa possuir transparência na política econômica, de controle da inflação e das contas públicas. Na questão do déficit primário também reconhece que Temer não obteve vitória.

No livro “Guia politicamente incorreto dos presidentes da República”, pode ser observado que, entre cerca de 36 presidentes nacionais, somente três tiveram respaldo popular. Isto é, governaram em regime democrático e de grande apoio do povo. O primeiro foi Getúlio Vargas (não no seu período ditatorial, de 1930-1945), mas de 1951 a 1954, quando realizou vários avanços para a sociedade brasileira e era extremamente populista. Não resistiu devido justamente a isto, o que o levou ao suicídio. O segundo foi Juscelino Kubistchek, que elaborou o Plano de Metas, o mais completo da história, mediante 30 metas grandes metas e a meta-síntese, que foi a construção de Brasília. O terceiro foi Lula, que teve bom desempenho econômico, quando a economia brasileira cresceu à taxa média de 4% anuais, em oito anos. Ampliou os programas sociais e contribuiu par redução nas desigualdades de renda. Porém, no seu primeiro mandato existiu o escândalo do “mensalão”. No seu segundo mandato, o conluio com as empreiteiras, que resultaram na sua descoberta, investigado em mais de 50 fases pela operação Lava Jato. Por fim, ajudou a eleger Dilma Rousseff, que fez uma gestão bastante equivocada e levou ao País aos déficits primários, que existem desde 2014, além da forte recessão do período de 2014-2016.

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