04/04/2018 - MAIS TRAVADO AINDA O ENSINO MÉDIO E A ECONOMIA
A formação educacional passa por três níveis de ensino.
Quanto ao ensino pago é possível selecionar e procurar o melhor nível de
qualidade. Porém, a maioria da população se encontra no ensino público.
Reconhecidamente, fraco, rachado e deficiente, pelo próprio MEC. Assim, cabe
aos 5.570 municípios cuidar do ensino fundamental I e II. Trata-se do primeiro
nível, que é o básico, durando nove anos. Dos seis aos quinze anos de idade.
Cabe aos Estados o estudo do segundo grau. Trata-se do ensino médio, que dura três
anos, em tese, de 15 a 18 anos. Em tese porque é nele que existe o gargalo. Por
volta de 60% da população não foi até então bem educada. O próprio MEC informa
que os referidos 60% não sabem interpretar bem uma folha de papel escrita. Já o
nível superior é acessível a bem menor parcela da população, por volta de 20%,
somando o nível público com o privado.
O gargalo do ensino médio se define logo quando se observa
que o garoto, por volta de 15 anos, deixa de estudar para trabalhar. Por seu
turno, é notório que a maior deficiência se dá nele e a maior evasão. A
Confederação Nacional da Indústria, em parceria com o movimento Todos pela
Educação, promoveu a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Educação
Básica. Para os pesquisados, a violência e a corrupção derivam da baixa
qualidade da educação do País. Ademais, para 26% da população, o ensino médio
do País vai de ruim a péssimo. Em 2013, quando levantamento semelhante foi
realizado, eram 15% os votantes. Além do mais, conforme a pesquisa, 23% dos brasileiros
acreditam que o aluno do ensino médio das escolas públicas está despreparado
para o mercado de trabalho. Também, consoante os entrevistados, aumentou de 61%
para 74% o número de brasileiros que concordam que um ensino de baixa qualidade
é prejudicial para o desenvolvimento do País.
A pesquisa foi divulgada no mesmo dia em que o Ministério da
Educação entregou a versão final da Base Nacional Comum do Ensino Médio, que
agora passará por votação no Conselho Nacional de Educação. A carga horária em
três anos passará de 1.200 para 1.800 h. A esperança é de que possa melhorar. Na
verdade, acredita-se aqui que só a federalização de todos os níveis de ensino
irá melhorar a educação.
Enquanto isto, conforme a citada pesquisa, 77% dos
brasileiros acreditam que a violência deriva da baixa qualidade da educação.
Comentários
Postar um comentário