26/04/2018 - DÉFICIT PÚBLICO ASCENSÃO E QUEDA LENTA




Os acertos do Plano Real começaram em 1994 e se prolongaram até 2014, sendo que o superávit primário só foi conseguido em 1998. Porém, a meta de inflação foi perseguida com relativo êxito e o câmbio se tornou flutuante, junto com referido superávit. Toda a primeira gestão de FHC foi de déficit. Já a segunda gestão de FHC foi toda de superávit. A primeira e segunda gestão de Lula foi de superávit. A primeira gestão de Dilma obteve três anos de superávit primário. Mas, no quarto ano houve déficit primário. Este continuou desde 2014 e provavelmente só desaparecerá a partir de 2022. Foram 16 anos de superávit e já se tem como praticamente contados 9 anos de déficit primário. Quando a recessão se instalou no segundo trimestre de 2014 se teve 11 trimestre consecutivos de forte recessão. Mediante a presença desta, o que a equipe econômica vem procurando é reduzi-lo. Mas, só que de forma lenta, o que se tem conseguido, mas em prejuízo da dívida pública, que se aproxima de 80% do PIB e provavelmente passará de 100% do PIB, quando o déficit acabar em 2022, conforme projeções do Fundo Monetário Internacional.

O rombo orçamentário segue trajetória de queda gradual. Entretanto aproxima-se de R$500 bilhões, em cinco anos. As perspectivas dos analistas financeiros é que haja déficit por mais quatro anos. Para este ano o déficit primário previsto é de R$159 bilhões. As despesas anualizadas já batem em R$120 bilhões. As receitas da arrecadação têm crescido. Porém muito pouco, porque dependem do crescimento do PIB. No ano passado ele subiu só 1%. Neste ano subirá mais de 2%. No entanto ainda é pouco para findar o déficit primário. Enquanto isto, o déficit nominal, que é a inclusão do pagamento dos juros, continua alimentando forte crescimento da dívida pública.

Enfim, o próximo mandato de quatro anos será de muitas dificuldades para o fluxo de caixa do governo federal, atraindo também enormes dificuldades para os Estados, Distrito Federal e Municípios.

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