22/04/2018 - PASSIVO COLONIAL
Bem oportuno abordar o tema de PASSIVO COLONIAL, depois de
vivenciar ontem, mais um dia em homenagem a Tiradentes, Joaquim José da Silva
Xavier, considerado herói, pelo seu esquartejamento em 1776, pelas forças
coloniais portuguesas, por que ele e mais dezenas de mineradores (ele também
era dono de minas e nada de pobretão), os quais conspiravam para o Brasil se
separar de Portugal, visto que não queriam pagar o “quinto do ouro”, imposto ad
quantum, dentre outros desvarios, à coroa portuguesa. Imagine-se hoje, em que a
carga tributária saltou daquela época de 25% para 36%. É bem verdade que até
1946, data da quinta Constituição brasileira, foi determinada uma carga
tributária de 16%, que de lá para cá só tem crescido.
Voltando ao passivo colonial, Celso Furtado se reporta a
1703, quando Inglaterra e Portugal assinaram o Tratado de Methuen, regulando o
comércio entre ambos, quando fora proibida a indústria nas colônias
portuguesas. Adam Smith chamou isso de vantagem absoluta no comércio, quando um
país se especializava em produtos agrícolas (Portugal) e o outro em produtos
manufaturados (Portugal). Equívoco histórico. Acresça-se a isso que, desde o
início, 1500, Portugal só via o Brasil como colônia de exploração. Isto é, de
que a colônia só serviria à metrópole como fonte de extração de riquezas e
receptora de seus degredados (bandidos da época).
Outro grande entrave ao País foi ter tido a independência
sendo feita pelo seu opressor. Dom Pedro I, que depois abdicaria e seria Pedro
VI de Portugal. Antes, em 1808, Dom João VI, abriu os portos às nações amigas.
Ou seja, beneficiou tanto a Inglaterra, que os impostos de importação eram
menores do que os produtos vindos de Portugal. O Império para o Brasil foi à
letargia enquanto o mundo se desenvolvia industrialmente. Sobraram tantos
entraves, que serão citados aqui a corrupção, a burocracia, o ambiente travado
dos negócios, a indústria sempre protegida, a agropecuária sempre de juros
subsidiados. Quer mais?
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