07/04/2018 - CARTÃO DE CRÉDITO PRINCIPAL VILÃO DOS DÉBITOS
O número de famílias com dívidas em atraso se elevou em
março, pela primeira vez no ano, chegando a 25,2%, uma alta de 0,3%. A
conclusão é da pesquisa de endividamento e de inadimplência do consumidor,
divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). O estudo ainda aponta o
cartão de crédito como o principal compromisso financeiro para 76,4% das
famílias endividadas. O levantamento não se enfatiza que, por seu turno, o
cartão de crédito é o principal vilão, cobrando taxas de juros superiores a
400% anuais, sendo um absurdo, o que as famílias não percebem, por se tratarem
de juros compostos e pela falta de educação financeira. O número de famílias
que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso,
isto é, que permaneceriam inadimplentes, passou de 9,7% em fevereiro para 10%
em março, apresentando queda em relação aos 10,4% de março de 2017.
O aumento do atraso foi influenciado pelo efeito sazonal
provocado pelos gastos de final de ano. Vale dizer, pelos gastos extras das
festividades. A pesquisa ostra, contudo, que a proporção de famílias
endividadas se manteve estável nos 61,2% de fevereiro. Porém, em comparação de
março do ano passado, subiu 0,4%.
Seguindo o principal compromisso financeiro das famílias vem
os carnês com 16,6% e, em seguida, o crédito pessoal, responsável por 10,4% do
endividamento familiar. Além do mais, a proporção das famílias que se
declararam muito endividadas também aumentou em relação a fevereiro, passando
de 13,6% para 14,1% do total dos entrevistados, em uma elevação de 0,5%. Já na
comparação anual, houve queda de 0,6% nessa proporção dos muitos endividados.
A pesquisa da CNC é realizada desde janeiro de 2010. Conforme
ela o comprometimento com as dívidas ficou, em média, em março, em 64,4 dias,
inferior aos 64,8, em igual período do ano passado. Segundo ainda a CNC, o
comprometimento médio com as dívidas foi de 6,9 meses, sendo que 31,3% das
famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre as famílias endividadas, 20%
afirmaram ter mais da metade da sua renda mensal compromissada com o pagamento
de dívidas.
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