25/12/2018 - MEIRELLES NO GOVERNO DE DÓRIA
O governador eleito de São Paulo, João Dória, contará como
Secretário da Fazenda o ex-ministro da Fazenda no governo de Michel Temer
(2016-2018) e ex-presidente do Banco Central nos dois mandatos do ex-presidente
Lula (2003 a 2010), o Henrique Meirelles, que já foi presidente mundial do Banco
de Boston e CEO do grupo JBS. Vaidoso, referiu-se a sua passagem exitosa na
área pública com o mote de campanha política “chame o Meirelles”, para resolver
os problemas das finanças públicas, exitoso na área nas referidas participações
em que esteve. Concorreu nas últimas eleições à presidente da República, gastando
R$57 milhões do próprio bolso, mas obtendo somente 1% dos votos. Outrossim, não
descarta candidatar-se de novo a cargo eletivo. Cidadão ortodoxo, convidado por
Dória para a gestão financeira do governo paulista e, ele, repete-se aqui,
vaidoso, referiu-se a que a economia paulista crescerá e puxará o crescimento
da economia brasileira. Anunciou que terá três focos: (1) a desestatização ou
concessões de serviços públicos de muitas iniciativas do governo paulista; (2)
a melhoria na arrecadação tributária, sem criar novos tributos. Isto é,
mediante eficiência na máquina arrecadadora; (3) a convergência da reforma da
Previdência Federal com a Previdência Paulista. Por seu turno, ele, que fez
críticas a Jair Bolsonaro na sua campanha. Porém, informa que vê com bons olhos
a equipe econômica por ele montada, composta principalmente de Chicago boys.
Quando da sua passagem no Banco Central admitiu que o seu
foco fosse o de estabilização da economia, em continuidade à política ortodoxa
do governo de FHC. De fato, a economia manteve-se assim e retomou o crescimento
virtuoso de 4% em média anual de oito anos. Como Ministro da Fazenda do governo
de Michel Temer, ele foi peça importante para retirar a economia da forte recessão
em que se encontrava, de ter contribuído, juntamente com o presidente do Banco
Central, para a drástica redução da inflação de mais de 10% do governo Dilma,
para menos de 4% no governo Temer, de ter colaborado para a estabilidade
cambial, sem, contudo, ter resolvido o frustrante déficit primário, que, no
acumulado, passa de R$500 bilhões, sendo projetado para mais R$139 bilhões, em
2019, aspecto primordial a ser vencido para que a economia nacional volte a
crescer de forma sustentável.
Comentários
Postar um comentário