10/12/2018 - GARIMPOS ILEGAIS NA AMAZÔNIA




Em 8.500.000 de quilômetros quadrados quantos garimpos ilegais existem? São 26 Estados e um Distrito Federal. Neste, que é uma área desdobrada de Estado Central do País, desde construção em 1956 e inauguração em 1960, provavelmente pode não haver garimpo. Em outros Estados da Federação, do Sul e do Sudeste, muito pouco  deles se encontram nas referidas áreas. Porém, nas regiões de grandes extensões de terras, ainda não povoadas ou de pouca densidade demográfica, existem garimpos em grande quantidade, a saber: no Centro Oeste, no Nordeste e no Norte.

No Norte existe a região Amazônica. Nela, historicamente, existiu a cobiça internacional. Foram várias lutas de demarcação de terras. A montadora Ford pretendia criar há mais de século a sua grande fornecedora de borracha, a Fordlândia. O milionário americano Daniel Ludwig, no século passado instalou também a sua cidade com várias fábricas, que vieram pelo mar e rios para a Amazônia. Ainda no século passado, na sua primeira metade, a região foi objeto de estudos para a criação do Estado de Israel. Porém ficava muito distante do Oriente e não aconteceu. Mas, sempre foi sabido que a citada região sempre teve contrabando e garimpos ilegais. Até aeroportos clandestinos. Existe também há mais de 50 anos, uma Zona Franca, a de Manaus, para onde são carreados muitos bilhões de subsídios, visando fixação do crescimento populacional, vez que soe acontecer grandes migrações por dificuldades de manter o homem na área selvagem.

Eis que uma rede de pesquisadores, coordenados pelo Instituto Socioambiental, organização não-governamental, que estuda a Amazônia, foram detectadas 453 áreas de garimpos ilegais. Em todo o bioma foram revelados 2.500 garimpos da espécie. Na Venezuela, dentre nove países da região, estão disparadamente o maior número deles: 1899, ou seja, 76% do total. O Brasil vem em segundo lugar com 18%. Porém, o Brasil ocupa o primeiro lugar, em exploração mineral clandestina em terras indígenas, com 18, ou seja, quase 49% dos 37 identificados naquelas terras.

O levantamento durou cerca de 18 meses, conforme informou em edição de hoje a Folha de São Paulo, através de trabalhos técnicos, convênios, parcerias, imagens de satélite e informações veiculadas pela imprensa. Foram observados também 30 rios afetados pela atividade extrativista ou pela entrada de objetos para a sua extração e saída de produtos. O novo governo de Jair Bolsonaro é favorável à exploração legal de terras indígenas, mediante convés entre os índios e parceiros.

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