31/12/2018 - VÔOS ECONÔMICOS
Os ciclos econômicos são irregulares, por definição.
Portanto, podem e devem ser evitados momentos de baixa. A China tem feito isto
desde 1979 e se coloca hoje como a segunda maior economia mundial. Se continuar
crescendo acima de 5%, como tem feito e já fez até mais de 10% ao ano. Daqui a
duas décadas a China passará os Estados Unidos. O Brasil dos anos de 1970
cresceu acima de 10% anuais, desde os anos de 1980, ingressou numa fase de
ciclos alternados de alta e de baixa com relativa frequência, no máximo chegou
a 5% e no mínimo recuou 4,3% no primeiro ano do governo de Collor. Em artigo de
hoje, na Folha de São Paulo, o atual Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia,
expôs que nos últimos 30 anos o País cresceu na média de 2,2%. Collor passou 36
meses e deixou saldo negativo. Itamar fez o PIB crescer 4,9%. Nos oito nos de
FHC a média anual foi de 2,3%. Nos oito anos de Lula a média anual foi de 4%.
Dilma deixou no seu período (2011 a 2016), o PIB em direção a menos de zero e
provocou a segunda maior recessão da história, quando o PIB em dois anos recuou
mais de 7% (2015-2016). Michel Temer retirou o País da recessão, mas o deixou
estagnado em 1%, de crescimento em média anual do biênio 2017/2018. Nas
palavras de Guardia: “O objetivo de uma sociedade democrática deve ser a
prosperidade de todos... Para isso há quatro condições necessárias: equilíbrio
fiscal, melhoria na produtividade, estabilidade institucional e igualdade oportunidades
com redução da pobreza... Dado que no caso brasileiro a carga tributária já é bastante
elevada, o desequilíbrio fiscal deve ser buscado pela redução da despesa. Daí a
importância de reformas fiscais estruturais, sendo a mais importante a da
Previdência... A consolidação fiscal no Brasil exigirá esforços adicionais,
envolvendo uma ampla agenda relativa à despesa de pessoal do setor público,
subsídios excessivos, empresas estatais ineficientes e políticas públicas
regressivas e ineficazes, notadamente aquelas relacionadas aos incentivos
tributários”.
Por que ele não conseguiu isso, dirigindo a equipe econômica?
Certamente, o governo de Temer perdeu condições, quando foi acusado de
corrupção em abril de 2017. A tarefa e redução de privilégios é bastante
difícil. Vem aí Jair Bolsonaro amanhã que ficou de dominar a fera e trazer de
volta o crescimento econômico sustentável.
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