11/12/2018 - ESTELIONATO ELEITORAL




No Brasil têm sido comuns os mandatários da Nação, em busca de reeleição, para um segundo mandato, conforme prevê a Constituição, fazer estelionato eleitoral. A partir de 2014, a reeleição da presidente Dilma demonstrou que ela dizia que o País ia bem, quando, já, no segundo trimestre de 2014, o País ingressava em sua segunda maior recessão da história, de 2014 a 2016, estando ainda hoje praticamente estagnado, crescendo somente por volta de 1% ao ano. Ao assumir em 2015, Dilma convidou para ser Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ortodoxo de carteirinha da Universidade de Chicago, para fazer o ajuste fiscal, devido ao fato de que em 2014 houve déficit primário, fato que ocorre até hoje, em cinco anos de pesados déficits. Além de uma série de erros, este foi o principal motivo do seu afastamento do poder.

Nas eleições de 2018, houve a eleição de novo presidente. Porem, vários governadores reeleitos praticaram, senão estelionato eleitoral, a mentira, ao esconder que as contas públicas iam bem. Neste final de ano, querem reduzir gastos de forma profunda, quando justamente são grandes os protestos dos funcionários públicos. Aqui não se vai colocar a situação dos Estados que estavam atrasando salários, vez que seus governantes não foram reeleitos, mas a situação de quatro governadores reeleitos, que diziam que seus Estados estavam “a mil maravilhas”.

O caso mais gritante é o do governador Ruy Costa (PT), da Bahia, reeleito com 75% dos votos. Pretende cortar milhares de cargos comissionados, além de extinguir e privatizar empresas estatais. Anunciou a elevação da alíquota de 12% para 14% da contribuição previdenciária dos servidores públicos. Estes invadiram a Assembleia e protestos continuam. O segundo caso é o do governador Renan Filho (MDB), de Alagoas. Afirma que vai rever contratações e avaliar a necessidade de cada estrutura estatal. Quer renegociar todos os contratos com valor superior a R$1 milhão. O terceiro caso é o do governador Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco. Conseguiu elevar tributo para viabilizar a promessa de campanha. Aprovou aumento do ICMS para pagar o 13% salário e aos beneficiários do Programa Família. O quarto governador é Wellington Dias (PT), do Piauí. Suspendeu as contratações de novos contratos de locações de veículos, de consultorias e de assessorias jurídicas.  Determinou a redução de 25% dos contratos de mão de obra terceirizada.

Os governadores eleitos são da chamada centro-esquerda, que pretendem mais austeridade. Parecem que estão no mesmo caminho que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, da chamada centro direita, que promete austeridade na sua gestão. Só tem uma diferença, já apontada acima, disseram que estava “tudo bem” em seus Estados, quando não.

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