01/12/2018 - PIB TRIMESTRAL EM LENTA RECUPERAÇÃO
O IBGE divulga os dados da produção nacional a cada
trimestre. Geralmente dois meses depois, quando com mais um mês se fechará o
ano. Os projetistas econômicos, de uma maneira em geral, calculam que 2018
encerrará com 1,4% de crescimento econômico. O PIB do terceiro trimestre veio
com um incremento de 0,8%, em relação ao segundo semestre deste ano, mostrando
que foi superado choque econômico do desabastecimento, provocado pela greve
nacional dos caminhoneiros. O ritmo de crescimento retornou ao nível do
primeiro trimestre de 2012, sendo o menor nível de desempenho da história
registrada pelo IBGE.
Olhando o lado da demanda agregada, o ritmo lento assegurado
se deveu ao consumo das famílias, influenciado pela liberação das cotas do
PIS/PASEP. Bem como dos investimentos totais. Este último foi muito influenciado
pela importação de novas plataformas petrolíferas. Ademais, existe um
arrefecimento da economia mundial, que vinha crescendo, em média, para 4%.
Ritmo vigoroso e difícil de sustentar. O Fundo Monetário Internacional, então está
prevendo uma retração para 3,5%. Mesmo assim um nível de crescimento como pouco
na história. Para o Brasil a situação do PIB médio é invejável, nada obstante
para o novo governo que se instalará, o mercado acene com apoio, desde que
sejam realizadas as reformas estruturais. A situação é semelhante com o pós
1964, quando o regime militar, em golpe de Estado, realizou as reformas
capitalistas, perante um caminho socialista que lhe imprimia o governo de João
Goulart. A equipe econômica de então era liberal, conseguindo por força de leis
promulgadas pelo Executivo, as reformas administrativa, financeira, bancária,
tributária e de comércio exterior. Dotou-se o País de instrumentos econômicos
para o grande crescimento de cerca de quase duas décadas, muito embora seja
sabido que muito disso se deveu ao enorme endividamento externo, cuja taxa de
crescimento fora maior do que a taxa de incremento do PIB.
Na atual conjuntura que se defronta o País, um novo governo,
cuja equipe econômica que se está propondo é ultraliberal e tida como
competente. Somente não se contará com grande parcela de dinheiro externo como
nos anos de 1970. Entretanto, existe otimismo e se aguarda que haja novo ciclo
de crescimento.
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