04/12/2018 - PROJEÇÕES DE MERCADO




O boletim Focus do Banco Central divulgado ontem traz como perspectiva do PIB de 2018, de 1,32%; para 2019 a expectativa é de 2,53%.  A aposta na taxa SELIC deste ano está em 6,5%; para 2019 está em 7,75%. A inflação para este ano recuou para 3,89%; para 2019 ficou em 4,1%. A estimativa da produção industrial está em 2,16%; para o ano que vem em 3,02%. A previsão para a taxa de câmbio de 2018 é de R$3,75; para 2019 em R$3,80. A previsão do saldo da balança comercial é de US$58 bilhões neste exercício; para 2019 ficou em US$52 bilhões. Para as transações correntes o déficit estimado para o exercício é de US$15 bilhões; para 2019 é de US$27 bilhões. A projeção para o Investimento Estrangeiro Direto é de US$70 bilhões em 2018; para 2019 é de US$76 bilhões. Os dados estão bem comportados, mas muito aquém do que necessita o País. Por exemplo, a economia nacional irá crescer um pouco mais de 1%, enquanto a previsão para os Estados Unidos é de 3,5%. Aqui se está estagnado praticamente. Lá em bom crescimento.

Não sem motivo, o IPEA pesquisou os jovens que não estudam, nem trabalham (chamados de nem-nem). Calculou 23% deles aqui. No Chile, onde há motivação econômica são 14%. A média da América Latina é de 21%. Enquanto isso, no Brasil, 49% se dedicam exclusivamente aos estudos ou à capacitação, 13% só trabalham e 15% trabalham e estudam ao mesmo tempo. As razões para tamanha desmotivação estão nas faltas de políticas públicas, problemas com habilidades cognitivas, obrigações familiares com parentes e filhos, dentre outros. Portanto, pouca gente trabalhando (13+15=28% dos jovens) para uma população de 208,5 milhões. Claro, a população economicamente ativa, assim, fica menor, por volta de 100 milhões de cidadãos e, com isso, a geração de riqueza tem sido baixa, justamente numa etapa em que o País passa pelo bônus demográfico, quando a maioria da sua população, entre 18 a 64 anos poderia teoricamente trabalhar.

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