30/12/2018 - QUE PRETENDE FAZER NA CASA CIVIL




O futuro Ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, será um dos três superministros do novo governo, juntamente com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, além do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, dentre 22 ministérios executivos do novo governo. Em entrevista à revista Isto é, desta semana, Lorenzoni, que já cumpriu seis mandatos de deputado federal, deixou de concorrer ao sétimo, para participar do “governo constitucional, com tudo feito na lei, na segurança jurídica para o investidor, para o cidadão”. O recado aqui é para não associar as surpresas indesejáveis que aconteceram em governo de direita, como foi o de Collor. Em seguida colocou que o governo de Jair Bolsonaro fará quatro reformas e alterará marcos legais. Reformas. (1) “Nós vamos lutar para equilibrar a questão fiscal no País, que é um dos grandes obstáculos para o nosso desenvolvimento”. Claro, mediante déficits desde 2014, falta dinheiro para os investimentos públicos, que atrairiam os investimentos privados. Reportou-se à reforma tributária e ao ajuste fiscal. (2) “redução drástica do tamanho do Estado... retirada de privilégios... desburocratização. Não são apenas os marcos legais, mas a regulamentação deles”. Referiu-se à reforma administrativa. (3) “Uma desconexação que produziu situações absurdas, como no caso do pacote de dez medidas contra a corrupção. O Congresso não pode receber um projeto com 2,2 milhões de assinaturas e simplesmente ignorá-lo. Isso é quase uma insanidade”. Subentende-se a reforma política. (4) “Especialmente a da Previdência. Nós vamos apresentar uma proposta muito sólida”. Esta será a principal reforma.

No geral, citou que “O Brasil precisa melhorar a sua poupança interna, que hoje é de cerca de 15% do PIB. Esse não é suficiente para sustentar o nosso desenvolvimento, daí a dependência que o Brasil tem do capital externo. Os especialistas dizem eu se agente chegar perto de 20% do PIB, a gente consegue tentar um crescimento de 3% ao ano”. Interferiu em uma área que não é sua. Será do referido Paulo Guedes. Espelhou-se nos anos de 1970, quando ingressou grande massa de capitais externos. Porém, naquela época os capitais externos eram abundantes e baratos. Hoje são caros e escassos. Na verdade, o que o governo federal terá de fazer é gerar recursos com as privatizações; elidir o déficit primário; investir em infraestrutura; convidar os capitais financeiros, para sair da esfera de aplicações em títulos do governo e vá para os investimentos privados e, assim, estimular a criação de empregos. Quiçá, conte-se também com uma boa onda de melhorias nas trocas internacionais e tenha recursos maiores para impulsionar o crescimento econômico.

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