29/06/2015 - AGENDA DE DILMA NOS EUA
Em primeiro lugar, na agenda da visita
presidente Dilma, que começou ontem nos Estados Unidos, consta a ampliação do
comércio entre os dois países, hoje por volta de US$100 bilhões. O primeiro
encontro foi com 25 empresários de multinacionais brasileiras, acerca de
oportunidade de negócios. Reunião esta que poderia ser feita aqui no Brasil,
para evitar o alto custo de realizá-la em Nova York. O Ministro do
Desenvolvimento, Armando Monteiro, assim, enfatizou: “No nosso encontro nós
discutimos a maior inserção do Brasil nos EUA e, sobretudo, a questão de como o
governo e o setor privado podem atuar exatamente no desenvolvimento e no
incremento dessa relação. Houve, sim, uma manifestação no sentido de reconhecer
que o canal de comércio exterior é um canal muito importantes neste momento de
transição da sua economia e o reequilíbrio fiscal impõe no curto prazo uma
certa retração da atividade econômica doméstica, é exatamente por isso que o
canal de comércio exterior se apresenta como oportunidade irrecusável”. A corrupção
na Petrobras, sendo apurada na operação Lava-Jato, ficou de fora da reunião de
2,5 horas. Mas, o jornal Washington Post não deixou de fora: “A corrupção na
Petrobras foi em grande parte produto das políticas equivocadas de Rousseff, como
a tentativa de restringir a companhias brasileiras os fornecedores da estatal.”
Ricardo Pessoa, presidente da
empreiteira UTC, abriu a boca em delação premiada, Na semana Passada, colocando
como o maior propineiro o senador Fernando Collor, que teria recebido R$20
milhões da sua mão. Joao Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT recebeu R$15
milhões. A campanha de Dilma, em 2014, R$7,5 milhões. A campanha política de
Lula em 2006, R$2,4 milhões. A campanha de Fernando Haddad, R$2,6 milhões. Ao
todo foram 18 políticos e membros do primeiro escalão do governo federal os
destinos de dinheiro da UTC.
O jornal Washington Post, em
editorial, denominado “Um retrocesso no Brasil”, critica a presidente Dilma,
dizendo que o maior desafio da presidente é manter-se no cargo, em face aos
escândalos políticos e a perda de força no Congresso.
Em resumo, escolheu a presidente
um momento ruim, quando deveria ter ido há três anos, quando teria maior poder
de negociação.
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