12/06/2015 - CLÍMAX DOS ENGANOS DA CAMPANHA
Durante a campanha para as
eleições presidenciais de 2014, a presidente Dilma disse que não iria reduzir
os programas sociais, nem verbas para a educação, nem para a saúde, nenhum
direito trabalhista, nenhuma outra verba de ministérios, nem no Programa de
Aceleração do Crescimento, que o País continuaria crescendo, que haveria
crédito farto e forte continuidade do Programa Minha Casa Minha Vida, de que os
preços administrados continuariam assim sendo, nos níveis que vinham. Ganhou as
eleições, com grande popularidade, quando já tinha atingido o máximo de 63% em
2013, de bom a ótimo. Então, a máscara caiu da face. Já no final do ano se
referiu a que não iria cumprir as promessas. Anunciou fortes cortes orçamentários,
em média, de 30% em todos os ministérios. Sua popularidade caiu para 13%. A
presidente está evitando comparecer em lugares públicos, em razão de ser
vaiada. A maior desfaçatez aconteceu com o lema do segundo mandato,
encontrando-se forte propaganda em todo semestre nos meios de comunicação de
“Brasil: Pátria Educadora”. Ora, foi justamente o Ministério da Educação que
obteve o 3º maior corte, no valor aproximado de R$10 bilhões, 31% de suas
verbas. As universidades públicas estão em greve, por tempo indeterminado, de
professores e funcionários técnicos. Por seu turno, o Fundo de Investimento do
Ensino Superior (FIES), há cerca de dois meses reduziu em 50% o seu atendimento
anual. Fortemente pressionado, será reaberto agora, mas com taxas de juros
elevadas e menor carência, quando a demanda do semestre praticamente se foi e
irá se arrefecer, sendo ele mais caro.
O pior de tudo na educação
aconteceu anteontem, o corte de 2 milhões de vagas do Programa Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico (PRONATEC). Em 2014 foram 3 milhões de atendidos. Ou
seja, o corte de agora é de 67%. A pensar que durante os debates de campanha
como candidato Aécio Neves, a presidente Dilma falou todas às vezes em êxitos
obtidos no PRONATEC. Agora, no que se pode entender? É no ensino médio que é
maior a evasão de estudantes e a menor nota média de 3,7, na escala de zero a
dez, não se justificando tão eleva do corte. O Ministro da Educação, Renato
Janene, outrora crítico, afirmou que o corte se deve à menor arrecadação e se
cortou onde era menos importante. Pode? Portanto, vê-se que não há mesmo coerência
nos dois mandatos da atual presidente e o Brasil está se afundando na recessão.
Senão, o dado mais negativo, ontem foi divulgado a taxa de inflação, que acelerou
em maio, chegando a 8,47%, no acumulado de 12 meses. É a maior taxa desde
dezembro de 2003. Alguns analistas já estão prevendo taxa anual de 9% neste
exercício. O pior dos mundos na economia: inflação alta e recessão.
Insistindo na tese equivocada de
que o problema do País é da crise externa, que começou em 2008 e já se dissipou,
a prova disto é que a média mundial de crescimento é superior a 3%, a prevista
para este ano, a presidente disse ontem, na Europa, que Lula afirmou em 2008,
que era uma “marolinha”, subestimando a recessão que se teria em 2009, agora
virou uma “onda marinha” para o Brasil. Não sendo verdade, não admite que o que
está acontecendo ocorre dos seus enormes erros do primeiro mandato. O problema
do Brasil é que ela desestruturou os fundamentos da economia brasileira e agora
precisa fazer o ajuste recessivo que o País está passando. A problemática está na
economia doméstica e não na economia internacional.
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