15/06/2015 - CUSTO DA MOBILIDADE URBANA




A Associação Nacional de Transportes Públicos realizou comparativo de dez anos sobre o custo da mobilidade urbana, coletando informações em 438 municípios com mais de 60 mil habitantes. Neles residiam 123 milhões de pessoas, mais de 60% da população brasileira, circulando 37 milhões de veículos. No total, a despesa da mobilidade urbana subiu de R$103,8 bilhões em 2004, para R$225,8 bilhões em 2013, uma elevação de 118%. Enquanto isso, o indicador que mede o quanto as pessoas estão se deslocando pelas cidades subiu muito pouco, visto quem em 2004, cada habitante fazia uma média 1,51 viagem por dia, indicador que ficou 1,66 em 2013, uma elevação de 10%. Conforme a pesquisa, a frota de veículos nos 438 municípios praticamente dobrou em dez anos, de 19 para 37 milhões. Não assustam os números devido ao fato de que deveria ter sido descontada a inflação. Sem recorrer a manuais ou ao IBGE, 6% ao ano, em média, daria 80%. 

Linearmente, se 60% de 200 milhões (população da época) de habitantes gastaram R$225,8 bilhões em 2013, para o universo o custo seria de R$376,3 bilhões. O gasto por habitante seria de R$1.881,50 ao ano, dividido por 365 dias, seria de R$5,15 por dia.  É razoável aceitar este número.

A diferença desta coluna com o que sai em jornais e livros é a procura de algo substantivo na economia brasileira e que sirva para a sua economia doméstica.

O levantamento mostra ainda que o tempo gasto em viagens, em vez de diminuir com mais carros e motos, cresceu 28%. É o fenômeno dos engarrafamentos. A despesa com mobilidade é a soma dos custos individuais com tarifas, de motoristas com combustíveis, o de manutenção das vias pelo poder público, com a poluição e com os acidentes de trânsito. Consoante a pesquisa, os custos associados ao transporte individual correspondem a 80% do total, apesar deles serem 31% das viagens. A maior parte da despesa é realizada pelos detentores de carros e motos, que consumiram 13,4 bilhões de litros de gasolina em 2013.

Como fazem faltas os metrôs neste País. Em São Paulo, por exemplo, a mobilidade está cada vez melhor. Não é para ser diferente. A França é toda intercortada por eles há décadas. A solução um dia chegará para quase todos.

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