14/06/2015 - CPMF, GRANDES FORTUNAS, NÃO PASSARÃO. OUTROS SIM
O Ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, contradisse a proposta do 5º Congresso do PT, realizado esta semana em
Salvador, e ao Ministro da Saúde, Arthur Chioro, quer era o articulador do
renascimento da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF),
que foi extinta em 2007, ao declarar-se contra o tributo. Chioro voltou atrás e
disse que não levaria a proposta à frente, ele, que há um mês está conversando
sobre o assunto com governadores e prefeitos, argumentando que daria para
sustentar o Sistema Único de Saúde. Ele foi autorizado pela presidente Dilma a
executar a missão. A nova ideia da CPMF era retirar da cobrança amplos setores
da classe média. Dessa forma, PT, Dilma e admiradores foram contrariados pelo
poderoso Joaquim Levy. Na verdade, a presidente não quer correr o risco de mais
uma derrota no Congresso sobre tributo tão controverso. Perderia, sim. Em 2006
o tributo rendeu R$40 bilhões à União, mas não ia integralmente para a Saúde.
Já o imposto sobre grandes
fortunas é uma cogitação desde a Constituição de 1988. Em mais de doze anos no
poder, o PT não fez nenhum projeto sobre o assunto. Provavelmente, não passará
no Congresso, visto que em outros países onde existe não é grande soma e de que
incomoda bastante quer irá investir. Por exemplo, na França, o governo
socialista elegeu 300 mil franceses, com patrimônio, inclusive imóveis, móveis
e semoventes, de 1,3 milhão de euros, correspondentes a R$4,5 milhões, obtendo
5 bilhões de euros no exercício passado, um valor bem pequeno em relação à
despesa pública na França.
O que o referido Ministro da
Fazenda está planejando é elevar a alíquota de diferentes tributos existentes,
taxar ainda mais o mercado financeiro e tributar aplicações financeiras isentas,
tais como a Letra de Câmbio do Agronegócio (LCA) e a Letra de Câmbio da Indústria
(LCI). Instrumentos eficientes e imediatos. Como resultado imediato, a carga
tributária elevará. No entanto, o que seria mais eficiente o governo federal
não faz: reduzir o número de ministérios; reduzir a máquina pública.
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