28/06/2015 - ACORDOS COMERCIAIS
Os governos do PT iniciaram em
2003 uma série de acordos comerciais, privilegiando países parceiros comerciais
pequenos e complicados, sem fazer uma integração com acordos bilaterais e com
polos dinâmicos do globo. Dessa maneira, o Brasil continuou um “país pequeno”
no comércio internacional. Isto é, há muitas décadas que a posição brasileira está
por volta de 1% das transações internacionais. O Brasil participa do menor
bloco econômico mundial, o MERCOSUL, somente tem dois ou três acordos
bilaterais, em contraste com os latino-americanos Chile e México, que fazem
parte do NAFTA, bloco da América do Norte, bem como ambos têm dezenas de
acordos bilaterais. Depois dos escândalos de espionagem, em 2013, da NSA
americana, o governo da presidente Dilma se afastou ainda mais de negócios com
os Estados Unidos. O Programa de Infraestrutura e Logística (PIL), de 2013, não
decolou porque seu governo também não realizou acordos maiores, com o NAFTA (a
ALCA fracassou), com a União Europeia, com os Tigres Asiáticos e parcialmente
com a China. Agora, que foi lançado o PIL 2, cuja oferta de investimentos tem
sido pequena, à exceção da China, a presidente resolveu nesta semana visitar os
Estados Unidos, em busca de investidores.
Nos anos de 1940, a economia
americana chegou a contribuir com 40% do PIB mundial. Atualmente, com 25%. Os
Estados Unidos dão as cartas nos maiores agentes financeiros criados desde
então: FMI, Banco Mundial, Banco Interamericano, além dos reguladores como a
Organização Mundial do Comércio (antigo GATT), Nafta, União Europeia, Asiáticos
e a China. Nesta semana, o Congresso dos Estados Unidos criou mais um
organismo: o Trade Promotion Authority (TPA), que concede mandato para o
presidente Obama negociar acordos comerciais. O TPA vai de encontro aos
interesses brasileiros, em busca da sonhada Parceria Trans-Pacífico, que reúne
12 países. A saber, Japão, Malásia, Cingapura, Vietnã, Brunei, da Ásia; Estados
Unidos, Canadá, México, Peru, Chile, das Américas; Austrália, Nova Zelândia, da
Oceania. A proposta da citada parceria é de reduzir a zero 90% das tarifas de
todos os bens comercializados, até 2017. Mais três países asiáticos querem
ingressar também na parceria citada: Coreia do Sul, Tailândia e Filipinas. Por
seu turno, a China procura construir com outros 15 países uma rota alternativa,
mas não deixará de procurar integrar-se na citada parceria. Portanto, 30 países
ágeis estão na rota do oceano Pacífico e o Brasil não deverá estar de fora. Sem
dúvida, a visita da presidente Dilma nos Estados Unidos poderá tratar também do
assunto. O País se quiser ser desenvolvido, não tem escolha, terá de ser também
ágil nos acordos do comércio internacional.
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