17/06/2015 - QUEDA DO INVESTIMENTO INDUSTRIAL



Conforme pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a indústria de transformação vai reduzir 32,7% do investimento total neste ano, em relação ao ano passado. Assim, em 2014, o valor do investimento em máquinas, equipamentos, instalações, gestão, inovação, pesquisa e desenvolvimento de produtos industriais alcançou R$163 bilhões. Em 2015, referido valor será de R$109,7 bilhões. Perguntados os industriais pela FIESP, 62% alegaram que reduziram inversões por que está havendo elevação da carga tributária continuamente. Para voltarem a investir com maior amplitude, os pesquisados querem uma reforma tributária, mediante redução de despesas públicas e cortes de tributos. Então, onde fica o dinheiro deles? Certamente, ficam aplicados em títulos da dívida pública, que rendem no mínimo 13,75%, que é a taxa básica de juros da economia, a SELIC. Por que no mínimo? Sim, porque os valores aplicados são bastante altos, procurando melhores taxas.

Um semestre de notícias ruins, que não pararam ainda de piorar. Recessão, alta inflação, desemprego crescente, renda média em queda, elevada vulnerabilidade externa, dívida pública muito alta, ameaça de perder o grau de investimento. A propósito, em declarações à revista Veja, datada de hoje, Antônio Delfim Netto, que chefiou a área econômica do governo na época da ditadura militar, traçou cenário pessimista, declarando que “tudo indica que a rapidez do desemprego vai surpreender”, que a presidente precisa recuperar o protagonismo, porque “do contrário será um campo fértil para ideias malucas progredirem”. Em frase de efeito sobre a baixa popularidade dela afirmou: “O problema da Dilma é quem votou nela não está satisfeito. E quem não votou está mais insatisfeito ainda”.

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