06/06/2015 - FAMÍLIAS ENDIVIDADAS




Conforme o Banco Central, em 10 anos, as famílias cresceram seu endividamento de 18,42% em 2005, para 46,3% agora. Como as taxas de juros estão altas, cerca de 10% da renda do brasileiro é para pagar juros. Mais a inflação por volta de 8,4%, outro grande pedaço de renda é subtraído. Os bancos costumam fazer análise de risco, não comprometendo mais de 60% da capacidade de pagamento das empresas e de 30% das famílias. Pelo exposto, os brasileiros estão mais se endividando do que o recomendado, não tendo o porte empresarial.

Para combater a inflação elevada, o Banco Central tem elevado sucessivamente a taxa básica de juros da economia. A última elevação a colocou em 13,75%. Os saques nas cadernetas de poupança têm durante todo este ano sendo negativo em relação aos depósitos. Já atingem R$32 bilhões em maio. Por incrível que pareça, quem se endivida pode ter caderneta de poupança, que estaria também sacando dela, pelo baixo rendimento comparativo com outras formas de aplicação e até também para pagar parcelas de dívidas.

No contexto geral, se a taxa de poupança baixa, baixa o investimento, baixo o crescimento, o que é ruim para a economia. Neste ano, devido ao forte ajuste fiscal, a economia já está em recessão, sendo esperado por volta de – 2%, no final do exercício, apresentando desemprego em elevação, acima de 8%. Analistas financeiros acreditam que a taxa de desemprego poderá chegar a 10% no final deste ano, o que demonstrará forte encargo social. Já está em 8%, conforme a última PNAD Contínua, divulgada pelo IBGE.

 

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