07/03/2015 - REMÉDIO SERÁ AMARGO MESMO
Remédio será amargo mesmo porque
o governo federal não tem outra saída, visto que as notícias econômicas
oficiais deste primeiro mandato são ruins e as notícias sobre o início deste
ano são piores ainda, para o ano de 2015. Se não forem corrigidas, todo o
segundo mandato será contaminado e a presidente Dilma provavelmente poderá
fazer o pior governo da história republicana brasileira. Até agora já está
entre os piores. Isto porque as contas nacionais foram se deteriorando ano a
ano e o País se encontra em recessão. Prevista pelo mercado financeiro, retração
do PIB para 2015, de – 0,5% a – 2,0%. Por exemplo, o professor Jorge Arbache,
da Universidade de Brasília, em estudo dos ciclos econômicos no Brasil desde os
anos de 1960, prevê recessão de 2015 até o fim de 2018. Quer dizer, todo o
segundo mandato em declínio. Logo, é preciso corrigir a rota ainda neste ano,
para voltar a crescer nos próximos.
Não é impossível. A maior parte das medidas de
ajuste fiscal do governo não depende do Congresso Nacional, que lhe devolveu a Medida
Provisória de elevação de impostos e pretende não trazer sacrifícios à
população, de forma inconstitucional. A equipe econômica fez novos cálculos
para sair da recessão, de R$111 bilhões de livre decisão da presidente Dilma,
para 2015. Somente 21,6% dependem diretamente da aprovação dos parlamentares,
equivalentes a R$24 bilhões. Logo, são de responsabilidade direta do Executivo
R$86 bilhões. Isto é muito mais do que assegurou Joaquim Levy, Ministro da
Fazenda, de realizar superávit primário de 1,2% do PIB, relativos aos R$66
bilhões, neste ano. Alcançando R$111 bilhões, o superávit subiria para 1,56%.
Dessa forma, no caso de não aprovação do Congresso de aumento de tributos ou
cortes de direitos trabalhistas. O Executivo tem que cortar na própria carne e
transferir para a sociedade o que puder. Ambos, já começaram a pagar nesta
semana, com o reajuste da taxa SELIC, para 12,75%, o que encareceu a dívida
pública e aos tomadores de empréstimos. O dólar chegou a R$3,00, que era a
projeção dos financistas para final de 2016. A inflação de Janeiro foi de
1,24%, a de fevereiro de 1,22%. O índice de 12 meses é de 7,7%. Entretanto,
ainda paira no ar a ameaça de racionamento de energia elétrica.
Em sua coluna de ontem, Miriam
Leitão, refere-se a “Trimestre Difícil” (título)... ”O País vive um ambiente
recessivo, inflação alta, juros subindo, dólar, também, rombo nas contas
públicas, conflitos no Congresso, crise na nossa maior empresa, um escândalo
sendo investigado que pega importantes lideranças políticas e a base política
rebelada contra a presidente. Todos os brasileiros podem reclamar da conta de
luz, da taxa da inflação, da desordem nas contas públicas, exceto a presidente
da República, já que a confusão foi em grande parte contratada por ela. O que
os economistas dizem para acalmar é que na inflação dos outros trimestres serão
mais baixos. Mas, admitem que, no geral, a economia terá que piorar antes de
melhorar” (final). O trimestre difícil decorre do fato de que a inflação de
janeiro alcançou 1,24%; a inflação de fevereiro chegou a 1,22%. A inflação
anual está em 7,7%. O IBGE acredita que, os reajustes dos preços públicos se
irradiarão também em março. Inflação para cima e remédio forte, não é somente
elevação da taxa de juros, mas também o corte abrupto das despesas
governamentais.
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