26/02/2015 - CONSÓRCIO ESTALEIRO PARAGUAÇU FINDOU



Uma das obras derivadas da exploração de petróleo, por todo o Brasil, o Consórcio Estaleiro do Paraguaçu foi estimulada na euforia do Brasil ter chegado à “autossuficiência” e ter descoberto petróleo na camada do pré-sal, a partir de 2007. Não aconteceu a autossuficiência. O Brasil ainda é grande importador de petróleo. O escândalo da operação Lava-Jato de corrupção na Petrobras tem sido um castelo de cartas em desmoronamento. O sonho acabou. Agora a tempestade que não quer parar. Há um ano, quase todo dia tem denúncias de prejuízos para a não só a estatal, para a Nação. O Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Justiça Federal do Paraná estão procurando levar a julgamento os malfeitores. Seis empreiteiras já foram denunciadas. Restam dez delas. Restam os políticos, que vão para o Supremo Tribunal Federal. Ainda nesta semana, a Petrobras perdeu o grau de investimento. Isto é, o grau de confiança na atração de novos capitais para realização do seu plano de negócios. A CPI da Petrobras será instalada ainda nesta semana. La nave và.

O Consórcio Estaleiro Paraguaçu foi encerrado também nesta semana, em decorrência de não recebimento de dinheiro da Empresa Sete Brasil, criada pela Petrobras, em parceria com instituições privadas, para adquirir e operar sondas, visando extrair petróleo da camada do pré-sal, abaixo de 5.000 metros da superfície marinha. Sem dinheiro para manter as obras no Estaleiro Paraguaçu, na cidade de Maragogipe, Bahia, a Enseada Indústria Naval anunciou a paralisação do consórcio em referência, com 82% das obras concluídas. Até sábado serão demitidos os últimos cem trabalhadores do consórcio, que chegou a empregar diretamente sete mil pessoas no pico das obras do ano passado. O investimento total previsto é de R$2,7 bilhões, para construir seis sondas. Meses antes, a Petrobras já tinha desistido de realizar a refinaria de petróleo do Maranhão, perda de mais de R$2 bilhões, bem como desistido da refinaria de petróleo do Ceará, prejuízo também acima de R$2 bilhões, decorrentes de estudos, projetos e terraplanagem. Segundo o Secretário do Desenvolvimento Econômico da Bahia, James Correia: “O que está acontecendo em Maragogipe é o mesmo que se está verificando por todo Brasil. Em Pernambuco, o estaleiro (Atlântico Sul, EAS) chegou a dizer que quer devolver os contratos. É um problema geral e é preciso que haja um empenho maior para resolver a situação. Só aqui na Bahia são 4 mil demitidos, fora o impacto nocivo que isso causa na cadeia de serviços e onde está o Miguel Rossetto? Eu acho que ele deveria aparecer e mostrar que o governo está preocupado com essa situação também”.  Por muito menos, segundo ele, o secretário particular da presidente Dilma, Miguel Rossetto, atuou nas demissões de 800 trabalhadores da indústria automobilística.  E o James Correia é do PT.

Enquanto isto, mais uma gracinha da Câmara Federal, aprovaram ontem passagem aérea para a esposa ou esposo acompanhar o parlamentar, provavelmente em turismo por Brasília. A cabeça do brasileiro esclarecido fervilha, por mais um acinte desses.

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