13/02/2015 - EMPREGOS INFORMAIS
O governo federal quer reduzir
empregos informais, argumentando que trará benefícios sociais. O Ministério do
Trabalho, por meio do seu titular, deputado Manoel Dias, anunciou que pretende
aumentar o valor da multa cobrada de empregadores que contratem funcionários
sem assinar a carteira de trabalho. A decisão também aperta a fiscalização em
todo o País. Através de uma série de medidas, ele acredita que poderá arrecadar
R$10 bilhões. Qual é realmente o fito? Reduzir informalidade ou gerar receitas?
Os dois, sendo que o segundo é o proeminente. Em outras palavras, cresce também
a carga fiscal com respeito aos empresários. Diga-se, não tem outro jeito. Tem,
sim, reduzindo gastos públicos.
Citado ministério avalia que
existem hoje 14 milhões de pessoas na informalidade, o que se traduz em uma
sonegação de R$80 bilhões por ano. Em 2015, a meta é formalizar 400 mil
trabalhadores. Para isso, haverá mobilização de todos os auditores fiscais do
trabalho, além de nova etapa de fiscalização eletrônica, mediante cruzamento de
dados prestados pelas empresas. Hoje, a multa cobrada do empresário que tem
funcionários sem registro é de R$402,53. Para ele, a multa está defasada 20
anos. Manoel Dias disse que um projeto de lei será enviado ao Congresso, para
reajustar este valor.
Por que existem 14 milhões na
informalidade. Existem mais? Há dez anos, estudo da FIPE indicava que 40% da
PEA eram informais. Claro, seriam menos de 40 milhões. Mas, 14 milhões na
informalidade é muito pouco, principalmente porque a carga tributária é muito
alta e ser formalizado é muito complicado para grande parte da população que
não consegue saber um cipoal de leis brasileiras.
O fato é que no capitalismo
sempre existem trabalhadores informais. Para Marx, esta é uma forma de rebaixar
salários, aumentando a taxa de exploração. Para Keynes, é a incapacidade do
sistema de usar com eficiência os fatores produtivos. Enfim, é a realidade difusa de cada região. Por exemplo, no Maranhão, o atraso é tão informal que o ano letivo de 2014 vai iniciar-se agora.
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