15/02/2015 - ESTATÍSTICAS PELA ESFERA FINANCEIRA




A economia se assemelha a um cérebro, que possui duas esferas se integrando. Na economia as estatísticas brasileiras sempre foram produzidas, basicamente, pelo IBGE. Este usa o sistema insumo/produto, criado por Leontieff ainda nos anos de 1930. A máquina do IBGE atinge o território nacional, em seus 5.665 municípios, sendo que o cálculo maior abrange cerca de 3.500 municípios, para a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). As demais cidades, por serem muito pequenas e de difícil acesso, tem estatísticas por estimativas. Os principais indicadores do IBGE são os de população, inflação, contabilidade nacional, em destaques produto e renda. Sem dúvida, o indicador mais esperado é o de Produto Interno Bruto (PIB), calculado a cada três meses e divulgado também cerca de dois meses depois. O do último trimestre (outubro/dezembro) apresentará também o acumulado de 2014, cujo anúncio está previsto para 27 de março de 2015. O PIB é a medida da esfera real. A demora do IBGE é com todo cuidado em que se apuram resultados do indicador oficial. Mesmo assim, durante um ano o IBGE poderá fazer dois ajustamentos.

Visando ter resultado na metade do tempo em que gasta o IBGE, em 2003, o governo federal criou Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Este medindo resultados pela esfera financeira. Em 2014 se esperava uma ajuda extra da Copa do Mundo para estimular o crescimento do PIB. No entanto, o IBC-Br informou uma retração de 0,15%, no dia 12 deste. O resultado negativo do ano passado foi o segundo negativo na série histórica, criada pelos governos do PT, em 2003. O recuo anual anterior ocorreu em 2009, de 1,25%, em coerência com as estatísticas do IBGE, que revelou – 1% naquele exercício. Por conseguinte, o indicador oficial poderá ser negativo, o que revelará provavelmente ingresso do País em pequena recessão, levando-se em conta os ajustes difíceis pelos quais se está passando neste primeiro trimestre. Provavelmente, de crescimento negativo. Ocorrendo dois trimestres negativos, o Brasil se encontrará em recessão técnica.

As projeções do Banco Itaú, Bradesco, consultoria GO, dentre outros já projetam uma recessão de 0,5% neste ano. O ajustamento que está sendo feito, mediante cortes nos orçamentos ministeriais, elevação das tarifas públicas, aumentos dos preços dos alimentos pela esperada seca, elevação inflacionária, e a ameaça de racionamento de água e energia elétrica caminham também no sentido de derrubar o PIB.

 

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