09/02/2015 - PERCEPÇÃO DE PIORA




A percepção de piora na economia é recorde, conforme o Instituto Datafolha, que ouviu 4.000 pessoas, nos dias 3 e 5 deste mês, desde que a pergunta começou a ser feita pelo Datafolha em 1997. Nem a troca do comando da política econômica ajudou a melhorar a percepção dos brasileiros com o desempenho da economia brasileira. Segundo o Datafolha, em pesquisa divulgada no dia 7 deste, cerca de 55% dos brasileiros acredita que a situação econômica do País vai piorar nos próximos meses. Em dezembro, apenas 28% acreditavam que o cenário econômico iria piorar. A explicação para isto se deve às elevações de preços aos saltos, que estão se dando no início deste ano. Assim, oito em cada dez entrevistados esperam elevações inflacionárias. Isto é, 81% contra 54% de dezembro. O número também é recorde para janeiro. Existe ainda o receio de que o desemprego vai aumentar, para cerca de 62% dos entrevistados. Em dezembro eram 39%. Para 57% dos brasileiros haverá redução do poder aquisitivo nos próximos meses. Apesar de mais da metade dos pesquisados prever piora na economia, quanto a sua situação, apenas 26% acreditam que a sua própria condição irá piorar. O número de janeiro, entretanto, mais do que dobrou os 12% de dezembro.

Cada vez mais a questão de corrupção na Petrobras afeta o governo da presidente Dilma e ao PT. Agora mesmo o delator Pedro Barusco, apresenta uma planilha com os 89 maiores contratos da estatal, separando valores contratuais e as propinas para o PT e para executivos. Os referidos contratos somam R$97 bilhões, cujas propinas têm uma média de 1,3%, variando de 1% a 2%, dentro da Diretoria de Serviços, comandada por Renato Duque. Barusco reitera que devolverá US$97 milhões que recebera de suborno. Até agora este Barusco é o mais organizado dentre os envolvidos. Na Diretoria de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, já se referiu aos pelo menos R$100 bilhões de contratos, denunciando políticos, os quais ainda estão em segredo de justiça. Quanto à Diretoria Internacional, comandada por Nestor Cerveró, conhece-se o escândalo da compra e prejuízo de mais de US$700 milhões da refinaria de Passadena, Estados Unidos. Á área ainda não divulgou os seus ilícitos totais. O certo é que a CPI da Petrobras, deste ano, será bem diferente, do que aquela que acabou em “pizza”, no ano passado. Ademais, a vida financeira das construtoras envolvidas na operação Lava-Jato, 23 delas estão proibidas de novas licitações da estatal, estas empreiteiras enfrentam uma enxurrada de ações executivas de seus fornecedores. Há forte queda da produção e desemprego sendo efetivados nelas. 

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