07/02/2015 - INÍCIO DE PROJEÇÃO DE RECESSÃO



Desde o início da primeira gestão da presidente Dilma, 2011-2014, as projeções começaram otimistas, visando um bom número de crescimento do PIB, por exemplo, em direção a 5%, depois vindo definhando, conforme revisões da equipe econômica, atingindo, no final de 2011, 2,7%; em 2012, 1%; em 2013, 2,5%; em 2014, ainda não divulgado, mas, espera-se algo em torno de zero. Porém, pela primeira vez, a equipe econômica governamental admite que este ano que o PIB não irá crescer, assim como também, pela primeira vez, há uma projeção de recessão em 2015. Trata-se da consultoria GO Associados, do economista Gesner Oliveira, que já transitou em cargos importantes, tais como presidente do CADE, da SABESP e jornalista de opinião econômica do jornal Folha de São Paulo. A sua previsão para 2015, que era positiva em 0,5%, passou a uma queda de 0,5%. A declaração do executivo se deu em conferência desta semana sobre “O Impacto do Racionamento de Água, Energia e a Operação Lava-Jato no PIB”.

Traçou ele três cenários na citada conferência. O primeiro, com ações de eficiência nas áreas tocadas pelo seminário, sendo a estimativa de crescimento pequeno, por exemplo, 0,5%. O segundo, de pequeno progresso, crescimento próximo de zero. O terceiro, de existir racionamento energético e de não haver êxito nas novas medidas de política econômica, estimativa de recessão, por exemplo, de – 0,5%. Ilações estas deste colunista.

Conforme apregoa a teoria, inflação alta leva a crescimento baixo ou negativo, e, vice-versa. Ontem saiu o indicador de inflação do mês de janeiro de 1,24%, ultrapassando novo patamar inflacionário, na casa de 7,14%. Portanto, janeiro registrou a maior taxa em 12 anos no mesmo mês, acima da meta de 4,5%, mais a tolerância de 2%, sendo 6,5% o teto da meta. A inflação maior, anualizada, levou a Confederação Nacional do Comércio a reduzir sua previsão, geralmente muito otimista,  do crescimento das vendas do varejo em 2015, de 3% para 2,4%, o que também é a pior previsão dos últimos 12 anos.

No quadro deteriorado da economia brasileira, já há previsão de seca também para a região Sudeste, quando poderá ser prejudicado o abastecimento agrícola do País, relativo a verduras e legumes, o que elevaria mais ainda a inflação. Não acredita a Ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que haja redução do abastecimento de grãos.

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