05/02/2015 - FORTE PRESSÃO INFLACIONÁRIA DA ENERGIA
Não bastassem à elevação das
alíquotas da CIDE, do IOF sobre empréstimos, do PIS/COFINS Importação, da
tributação do IPI sobre os atacadistas e fim das desonerações das montadoras de
veículos, representando estimativa de receitas de R$22 bilhões, bem como nas
mudanças nas regras do abono salarial, seguro desemprego, pensão por morte,
auxílio doença, cortes nas verbas da educação, dentre outros, totalizando de verbas
de R$19 bilhões dos ministérios, o governo também deixará de repassar dinheiro
para a Conta de Desenvolvimento Energético, que financia o Luz para Todos e a
Tarifa Social da energia elétrica, calculado em R$8 bilhões. Até agora estes
R$49 bilhões representam dois terços do superávit primário anunciado de 1,2% do
PIB. Estarão por vir (ainda não declarado) mais R$5 bilhões do esforço de aumento
da arrecadação, mais R$11 bilhões do esforço fiscal dos Estados, mais até R$25
bilhões de corte nos gastos públicos. A poupança dos governos poderá ser de
R$78 bilhões, haja vista que a dívida pública bruta subiu no primeiro mandato
da presidente Dilma de 53% para 63%, que, continuará subindo, vez que somente
parte dos juros será paga, sendo rolada parte de juros e também rolado o
principal, colocando em risco o obtido grau de investimento em 2008.
Referidas projeções mostram que a
economia não deverá escapar da recessão nos próximos meses. Porém, se as
medidas forem efetivadas, o sinal de melhora poderá aparecer somente no final
do ano. O remédio é fortíssimo, tendo a equipe econômica avisado quer não
haverá crescimento em 2015 e que a inflação não irá ceder este ano, não
obstante três elevações da taxa SELIC, desde a reeleição da presidente Dilma. A
taxa básica se encontra agora em 12,25% anuais, não estando descartada uma ou
mais elevações da SELIC. Assim, o cenário é recessivo, no máximo que se irá
conseguir será a estagnação em 2014-2015.
Os cálculos mais duros desta
semana estão para as tarifas de energia elétrica. Combustíveis também já
começaram com seus reajustes. Muito embora o Ministro das Minas e Energia,
Eduardo Braga, tenha dito em janeiro que a conta da energia não ultrapassaria
40%, a consultoria TR, que faz projeções para os preços de 34 distribuidoras,
entre as 63 dentro do País, estime que as tarifas para as indústrias deverão
aumentar mais de 60%. Mediante observação dos cavalares reajustes aprovados para
seis distribuidoras dois dias atrás, os consumidores residenciais logo tiveram
contas reajustadas entre 21,25% e 45,7%. Portanto, a conta de luz poderá subir
mais de 50% por parte dos brasileiros em 2015, visto que os reajustes agora de
fevereiro são extraordinários, o regime de bandeiras tarifárias vermelhas ainda continuará por grande tempo e
virão pesados aumentos ordinários de tarifas.
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