01/02/2015 - ESTATÍSTICAS DE EMPREGO



Dentro do IBGE existem duas formas de encarar o desemprego. Todas as duas têm sido favoráveis do governo e são verdadeiras, haja vista que o PT assumiu o governo com desemprego em dois dígitos e o trouxe para um dígito. Divulgada nesta semana a menor taxa de desemprego das estatísticas recentes da Pesquisa Mensal do Emprego (PME) de 4,8% da população economicamente ativa (PEA). A PME investiga o que se passa no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife. Devido às limitações das seis regiões metropolitanas, o IBGE tem calculado a taxa de desemprego da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, que vai a 3.500 municípios e tem taxa de desemprego de 6,5%.  Esta hoje empata com os Estados Unidos em forte recuperação. É muitas vezes menor do que a taxa de alguns países europeus. Por exemplo, em Portugal está em 14%; na Espanha em 25%.

Em face dos dados recentes, acima, para a questão do emprego, os ministros de Dilma divergem a respeito dos ajustes que irão ser tomados. O receio é de que o desemprego cresça. O contraste se dá de um lado, para Nelson Barbosa, Ministro do Planejamento, defendendo o corte de R$19 bilhões, já em curso. Para o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a elevação dos tributos do PIS, COFINS, do IOF e da CIDE são o começo do aperto fiscal, assim como corte nos direitos trabalhistas, polêmico por si só, devido às vantagens e os abusos cometidos. Para o presidente do Banco Central, grau de ministro, a taxa básica de juros SELIC se elevará enquanto a inflação tiver trajetória de alta. Aqui, ninguém está se “importando” com o emprego. Referido ajuste deixou a economia estagnada neste início de ano.

De outro lado, o Ministério do Trabalho, alertou a equipe econômica de que R$7 bilhões dos R$18 bilhões de economia, previstos referentes à mudança na regra de pagamento do abono salarial, afetariam os trabalhadores e deflagrariam uma onda de ações judiciais. Acresçam-se as críticas das centrais sindicais, da oposição e até mesmo de aliados.   

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