27/08/2014 - FUNDO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL




Resultados da pesquisa eleitoral do IBOPE, divulgados agora, que consultou mais de 2.600 pessoas, nos dias 23 e 24 passados, mostraram que Dilma tem 34% das intenções de voto, Marina, 29%, Aécio, 19%. A simulação mostra que Marina ganharia no segundo turno. Esta pesquisa confirma a divulgada anteriormente pelo Instituto Datafolha, que consultou mais de 2.000 pessoas, divulgada no dia 18 deste, quando Dilma teria 36%, Marina 21%, Aécio, 20% das intenções de votos. Naquela simulação, a primeira depois da morte de Eduardo Campos, Marina já ganhava no segundo turno. Naquela semana, o governo federal resolveu liberar os depósitos compulsórios dos bancos no Banco Central, no valor de R$25 bilhões, para estimular o crédito ao consumo. Antes dessa segunda pesquisa, o governo também anunciou nova redução de R$20 bilhões nos referidos depósitos compulsórios com a mesma finalidade. Portanto, injeção de R$45 bilhões poderia ir ao consumo. Ainda ontem também o governo suplementou as verbas do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) no valor de R$5,4 bilhões. Vê-se, por parte, da gestão econômica federal a tentativa fácil de obter melhor resultado do PIB, já tão dilacerado, visto que as projeções de crescimento, inclusive as oficiais, estão cada vez mais próximas de zero. Na verdade, apesar das promessas de austeridade dos gastos públicos desde o início do ano, via supostos cortes, estes estão no sentido contrário.

Voltando ao FIES, o primeiro passo para conseguir o financiamento é cadastrar-se pela internet. O aluno aprovado para o financiamento paga apenas uma taxa de R$50,00 a cada três meses enquanto faz o curso. Depois de formado, ele tem um prazo de 210 meses (17,5 anos) para pagar, sendo a carência de 18 meses (1,5 ano), mediante pagamento de juros de 3,4% ao ano, então, subsidiados, visto que a inflação está em 6,5%, além do prazo longo para pagar, quando o indivíduo será profissional. O FIES financia de 50% a 100% do valor das mensalidades, envolvendo renda familiar de até 20 salários mínimos. A novidade atual é que o FIES pode também ser dirigido à pós-graduação. O leque agora é composto de cursos particulares de graduação, mestrado, doutorado e educação profissional de nível médio.

Sem dúvida que a medida é boa para atender a ampla carência de estudantes que querem realizar seus estudos de nível superior e produzem resultados que poderão elevar a produtividade do trabalhador brasileiro. Contudo, a questão fundamental é atuar melhor no ensino fundamental e no ensino médio, não somente porque é bem maior o contingente de necessitados, assim como é da qualidade da educação básica, hoje tão debilitada, que advirão os melhores cérebros do ensino superior. Isto, sim, o ensino básico é o que primeiro tem de ser reforçado, principalmente na educação integral, mas sem esquecer-se do ensino superior.

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