26/08/2014 - BURACO MAIS EMBAIXO
Pela décima terceira vez seguida
o Banco Central (BC) divulgou o seu boletim semanal Focus com previsão
pessimista do PIB para este ano. Os cem especialistas consultados pelo BC,
tidos como aqueles que possuem estudos e acompanhamento mais seguros quanto ao
comportamento econômico, consideraram o incremento do PIB deste ano de 0,7%. As
previsões dessa mesma fonte, em 2011, esperavam para 2014, o crescimento
econômico de 4,6%. A expectativa de agora é de somente 15% daquela do início do
atual mandato. Quer dizer, somente faltando quatro meses para terminar a gestão
da presidente Dilma, ou seja, 92% já concluído (4x100:48=92), a conclusão é a
de que a presidente Dilma conduziu a economia a caminho da recessão. No
primeiro trimestre o PIB cresceu 0,5%; no segundo trimestre, o dado já é
conhecido pelo IBGE, prometido para ser divulgado um mês atrás, não o foi pelo
IBGE, a quem cabe fazê-lo oficialmente, em contraste com o Banco Central que já
reconheceu em sua pesquisa preliminar resultado negativo do segundo trimestre;
vive-se já dois terços do terceiro trimestre e os números prévios oficiais da
produção são negativos; para o quarto trimestre não existe otimismo, nem mesmo
do governo.
Em sua coluna de hoje, na Folha
de São Paulo, “Opinião Econômica”, denominada “Recessão”, Benjamin Steinbruch
assim se referiu: “A produção, principalmente na indústria, está caindo e o
País caminha como um cordeiro para a recessão... Dados da FIESP mostram que
foram demitidos no estado 15,5 mil empregados no setor no mês de julho. Em 2012
e 2013, os dados acumulados indicam o fechamento de 88 mil vagas de trabalho.
Considerada a estimativa de 100 mil perdas para 2014, teremos o volume
impressionante de 188 mil empregos perdidos em três anos. Em termos de oferta
de trabalho, é como se duas empresas do tamanho da Petrobras tivessem fechado
as portas... Sem nenhuma dúvida a recessão”. A causa principal para ele é
lógica: “Se é possível deixar os recursos aplicados com segurança em títulos
públicos que rendem 11% ao ano, por que uma pessoa, em sã consciência, faria um
investimento produtivo que nem de longe consegue um retorno dessa magnitude?”
Reiterando as expectativas
negativas acima, a Fundação Getúlio Vargas apresentou que o Índice de Confiança
do Consumidor, entre julho e agosto, caiu 4,3%. O indicador atingiu 102,3
pontos, o menor patamar desde abril de 2009, ano recessivo mais próximo. Houve
piora tanto na confiança em relação ao momento atual quanto na expectativa para
os próximos meses.
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