24/08/2014 - MERCÚRIO


Data de quatro décadas apresentação ao mundo do “mal de Minamata”, cidade japonesa, onde as pessoas nasciam deformadas, isto é, sem mão, pé, braço, ou outro órgão do corpo atrofiado, por causa da contaminação do mercúrio, jogado pelas indústrias nos mares, através de resíduos químicos. Nas cidades de Hiroshima e Nagasaki até hoje ainda morrem pessoas, depois das explosões das bombas atômicas, através de transferência genética. No Japão também houve contaminação atômica, após acidentes de usinas nucleares. Na Rússia até hoje se fala do acidente atômico de Chernobil. Nos Estados Unidos dos anos de 1970, do acidente atômico em Three Miles Island. Na Bahia, em Santo Amaro, da contaminação com o cobre. Muitos casos pelo mundo de contaminação do amianto. Exemplos de descuidos humanos.

Voltando ao mercúrio, este é um metal altamente tóxico. As principais fontes de poluição das águas por mercúrio são em resíduos industriais, esgoto urbano, restos das atividades mineradoras e a queima de combustíveis fósseis, principalmente o carvão. No caso destes é liberado o elemento na atmosfera, que em contato com as águas de chuvas se deposita nos oceanos. Estudo publicado na revista inglesa Nature, refere-se a que o volume de concentração de mercúrio em águas oceânicas, até cem metros de profundidade, cresceu quase 400% no último século e meio. O centro de pesquisas marinhas Woods Hole Oceanographic Institution dos Estados Unidos divulgou que cerca de 80 toneladas de mercúrio estão depositadas nos mares do globo, após oito anos de trabalhos, através do uso de 12 embarcações. Porém, não foi divulgado ainda um mapa dos citados depósitos de mercúrio.

A parte do organismo humano mais atingido é o sistema nervoso central. Dificuldades de concentração, desatenção, vertigem, tremores, insônia, irritabilidade, perda de memória, perda de controle muscular, anormalidade nos reflexos, confusão mental, alucinações, pressão e pesadelos. Porém, bocas e mucosas apresentam amolecimento de dentes, inchaço das glândulas salivares, inchaço das gengivas, excesso de saliva, gengivite e mau hálito. No coração, o maior consumo de alimentos contaminados por mercúrio está relacionado à maior incidência de morte por infarto do miocárdio e doenças coronárias. No sistema respiratório, pneumonia química e irritação das membranas. Nos rins, necrose tubular, nefropatia e insuficiência renal grave. Nos fetos, má formação do sistema nervoso central.

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