16/08/2014 - ECONOMIA ENCOLHENDO




O IBGE prometeu para o dia 29 de julho passado a divulgação do indicador de desempenho da economia nacional e não o fez até agora. Para o Banco Central, de acordo com o seu Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) houve retração de 1,2% do PIB no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano. Em junho, a desaceleração da economia brasileira se acentuou. A prévia do PIB, segundo esse indicador, apontou queda de 1,48% da atividade econômica em junho perante maio passado (dois trimestres consecutivos de queda,  vale dizer, -0,5% no primeiro e – 1,2% no segundo trimestre), nos dados com ajuste sazonal. Em tese, recessão técnica. Em maio, o IBC-BR havia se contraído 0,18%, mas o dado foi revisado pelo Banco Central para queda de 0,8%, indicando que a economia está mais fraca do que se calculava anteriormente.

À Agência Globo, André Perfeito, economista-chefe da corretora gradual declarou: “Acho que não podemos falar em recessão técnica (dois trimestres seguidos de retração) porque o IBC-BR não crava exatamente o que aconteceu na economia brasileira. O primeiro trimestre, por exemplo, teve desempenho positivo nas contas oficiais do IBGE”. 

Ainda que o resultado ainda não divulgado do IBGE não coloque o Brasil em recessão técnica, no primeiro trimestre a produção industrial brasileira recuou mais de 2,5%, segundo dados antecipados do IBGE. Analistas apostam em queda anual superior a 1% em 2014. A economia brasileira, portanto, crescerá abaixo do crescimento populacional. Isto é, bem menos de 1% do incremento do PIB, a mais fraca média de um quadriênio desde 1999.

Sem conseguir superar os problemas da economia doméstica, o governo federal tem se referido equivocadamente ao Brasil ter ingressado fortemente na crise internacional. Mas, a crise está praticamente superada. Não sem motivo, o Fundo Monetário Internacional está projetando crescimento médio mundial de 3,4% em 2014.

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