03/08/2014 - QUEDA VIOLENTA DA INDÚSTRIA
Divulgou o IBGE que a produção industrial
fechou o semestre com o quarto recuo mensal da produção industrial. A queda em
junho foi de 6,9%, em relação a junho do ano passado. Já a queda de junho em
relação a maio passado foi de 1,4%. No semestre a queda da indústria é de 2%,
reforçando a ideia de que o País está em recessão. No mais próximo junho se
verificou a maior queda desde setembro de 2009. A explicação do IBGE é que a
Copa Mundial de Futebol agravou a crise da indústria. Em junho houve muitos
dias parados em razão dos jogos e a concessão de férias coletivas no mês
referido. Recuando mais tempo, a produção industrial está 5,4% menor do que em
setembro de 2008, época da mais recente recessão brasileira, mostrando que ela
não se recuperou.
O crescimento da produção
industrial em 2010 alcançou 10,5%; em 2011, recuou para - 0,3%; em 2012,
retraiu-se - 2,7%; em 2013, subiu 1,2%; neste ano já caiu - 2%. Quer dizer, a
indústria no governo Dilma está puxando o crescimento do País para muito baixo,
parecendo que todo o seu período ficará conhecido como o de estagnação com
inflação, simplesmente estagflação.
O fato é que a estratégia para
estimulá-la, escolhendo segmentos produtivos, mediante adoção de fartos
créditos e subsídios teve vida curta somente em 2010 e o atual governo não se
deu conta disto, visto que referidos estímulos não removeu obstáculos da
economia como um todo. Os grandes obstáculos não atacados são a burocracia
sufocante, o chamado custo Brasil, isto é, uma insuficiente infraestrutura,
encarecendo os produtos nacionais, que perdem competitividade internacional,
além o crescimento ano a ano da carga tributária, que vem caminhando em uma
década da casa de 30% para a casa de 40% do PIB, estando hoje acima de 36%.
Ora, a absorção de recursos tão grande pelo governo reduz a poupança nacional
para 12%, tendo que o País importar poupança de cerca de 6%, quando consegue,
ou menos. Ainda assim, variando de 17% a 18% de poupança sobre o PIB, tem-se
obtido PIB declinante.
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