30/11/2013 - PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS
No início do último dia do mês será
aumentado o preço da gasolina em 4% e do óleo diesel em 8%, para desafogar a
Petrobras, que desde o começo do ano reivindica com força ao governo para reajustes,
visando uma equiparação de preços com o mercado internacional. Conforme
estimativa do Centro Brasileiro de Infraestrutura, as defasagens recuam de 15%
para 10% para a gasolina e de 20% para 12%. Referidas defasagens chegaram a
atingir 30% em junho, quando as perdas da estatal foram as maiores. A média
mensal da perda era de quase R$2 bilhões. Claro, a perda caiu, mas continua
acima de R$1 bilhão mensal. Isto significa que a Petrobras continuará sem maior
capacidade de realizar seu plano de negócios, o qual contempla elevados
investimentos, projetados para US$236,5 bilhões até 2017. Acresça-se a isso, o
fraco desempenho da produção de etanol. Por fim, devido as crescentes
importações do petróleo, em face das elevações dos preços do dólar, a Petrobras
chegou a ter prejuízo de R$1,3 bilhão no terceiro trimestre do ano. Conforme a
administração financeira da estatal a projeção do fluxo de caixa somente ficará
positivo em 2015. Dessa forma, para realizar inversões, a Petrobras está
vendendo ativos e elevando o seu endividamento. Baixas inversões, certamente
levarão à menor produção estimada e maiores importações de petróleo.
Os reajustes dos combustíveis
terão pequeno impacto na inflação, por volta de 0,24% no indicador anual. Os
repasses imediatos ao consumidor serão de 2% na gasolina e 2,5% no óleo diesel.
Entretanto, tais cálculos da Petrobras são uma falácia, visto que os postos de
gasolina funcionam no Brasil, de forma cartelizada.
Em resumo, a maré de maus
resultados continua para a economia nacional.
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