12/12/2013 - CONTENÇÃO DOS INVESTIMENTOS
As estratégias convergentes de
320 empresas não financeiras de capital aberto, justamente aquelas que mais
realizam as maiores inversões, possuem caixa próprio, resultante de lucros, bem
como caixa pelo lançamento de ações, que também se torna próprio, são de
contenções de investimentos, já que estão esperando do governo reformas que lhe
propiciam elevar as taxas de lucros, além de mais parcerias público-privadas, mas
o governo da presidente Dilma não as fez, assim como não realizou os
investimentos infraestruturais propostos, ao tempo em que reduziu a taxa de juros básica
do início de 2011 a abril de 2112, em cerca de cinco pontos percentuais, no
intuito de atrair novos negócios. A mudança brusca trouxe de volta mais taxas
inflacionárias, sem que os empresários investissem mais. Assim, referidas
empresas, que correspondiam a 5,5% do investimento bruto em 2010, caiu para
4,2% em 2013. Já o caixa delas subiu de R$295 bilhões em 2010, para R$298
bilhões em 2013. Os dividendos pagos aos acionistas caíram de 1,5% para 1,4% do
PIB. Cálculos da escola de negócios IBMEC, segundo a revista Exame, datada de
11-12-2013. O diretor do IBMEC, Carlos Rocca, que coordenou os cálculos
citados, afirmou: “Nos últimos anos, com a desaceleração do crescimento, a
lucratividade caiu”. Na verdade, o inverso é que foi verdadeiro. Em razão dos
custos internacionais se elevarem, pela desaceleração mundial, houve retração
de inversões brasileiras e a lucratividade se reduziu. Conforme referido
estudo, a soma do lucro líquida dessas 320 maiores firmas brasileiras caiu de
4% para 2% do PIB, entre 2010 a 2013.
Novamente na contramão, para
conter a aceleração inflacionária, a equipe econômica voltou a subir
rapidamente a taxa básica de juros, de 7,25% para 10%, de abril a dezembro de
2012. Os capitalistas, por seu turno, reforçam suas aplicações financeiras em
detrimento dos novos investimentos, de acordo com o pessimismo que revelam
quanto ao futuro.
De acordo com pesquisa recente,
denominada Panorama Global de Negócios, que calcula trimestralmente o “humor”
dos empresários nacionais, conforme seus diretores financeiros, o indicador de
otimismo caiu de 54,7 pontos para 53,3 pontos, do segundo para o terceiro
trimestre deste ano. Tal resultado apurado foi o menor dos últimos quatro
trimestres, quando o indicador começou a ser calculado. Isto está indo na
contramão da recuperação norte-americana, à frente, seguida pela recuperação
europeia.
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