16/12/2013 - FORÇAS ECONÔMICAS
O modelo analítico de uma
economia aberta pode ser definido pela equação do Produto Interno Bruto (PIB)
mais as Importações (M), compreendendo este lado esquerdo a oferta global de
bens e serviços dentro de um país, sendo igual ao Consumo das Famílias (C),
mais os Investimentos feitos pelos Capitalistas (I), mais os Gastos do Governo,
em despesas correntes e em infraestrutura (G), mais as Exportações (X),
referentes ao lado direito da equação, que é a demanda global de um país. Logo,
as variáveis da demanda são as que impulsionam as variáveis da oferta.
Portanto, a política econômica tem como primeiro motor a infraestrutura, que
são inversões governamentais, multiplicativas do progresso. Quando o dinheiro
governamental é insuficiente, a gestão nacional tem que partir para a realização
de parcerias público-privadas. Em seguida, ocorrem os investimentos privados,
pela própria natureza, aceleram o progresso. Materializada a produção, esta
está apta para consumo e o excedente deverá ser exportado. Já as carências
nacionais são supridas pelas importações.
Como vinha o Brasil antes de
1994, uma economia desestabilizada, desacreditada, somente um Programa de
Estabilização poderia acertá-la, o que de fato ocorreu, mediante o Plano Real,
em 1994. Porém, os problemas de uma série de economias externas, tais como a
moratória do México, as crises dos Tigres Asiáticos, a crise da Rússia,
atingiram também o Brasil que iniciava a estabilidade no primeiro mandato de
FHC. O Brasil precisou recorrer ao FMI e adotar a política de metas de
inflação, em 1999, método vitorioso adotado em cerca de 20 países, cujo exemplo a ser seguido foi o da Irlanda. O
segundo mandato de FHC concluiu a estabilidade e a saída da crise
internacional. O ex-presidente Lula, em seu primeiro mandato, deu seguimento à
política de metas de inflação, enquanto mundo ingressava em longo período de
bonança. Internamente, enfatizou no grande espaço do consumo global,
continuando com ganhos reais para o salário mínimo e ampliando o Programa Bolsa
Escola, agora denominado de Bolsa Família. Ademais, expandiu e facilitou o
crédito em geral. O segundo mandato de Lula continuou na mesma linha. A era
Lula cravou uma média de 4% de incremento anual do PIB. A presidente atual,
Dilma Rousseff seguiu a mesma linha de Lula. Porém, o modelo baseado no consumo
ampliado e no crédito exaustivo se esgotou. A presidente Dilma continuou
atuando com os Programas Sociais. No entanto, não conseguiu angariar a simpatia
da maioria dos grandes investidores, tendo alcançado nestes três anos, taxas de
incremento do PIB por volta de 2%. Somente, agora, no final do seu governo tem
buscado fazer parcerias público-privadas, a que a muito resistiu. Portanto,
fazendo poucas, para um PAC de mais de 2.000 obras e um Plano de Logística de
R$150 bilhões.
Dessa forma, o cenário do ano que
vai ser de um embate entre Dilma (PT-PMDB), com apoio de mais de 25% da
população, beneficiários do Programa Bolsa Família, tendo de outro lado Aécio
Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), procurando conquistar os empresários.
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