27/12/2013 - NATAL FRACO EM 11 ANOS


 

O comércio obteve o Natal mais fraco em 11 anos. Conforme a SERASA, empresa nacional que acompanha o número de negócios brasileiros, o acréscimo de vendas na semana do Natal foi de apenas 2,7%, a variação mais baixa no período em referência. Segundo o Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) houve também frustração dos lojistas nas vendas a prazo. O incremento no número de consultas foi de 2,9%, em relação a 2012. Já a expectativa era de 5%. Consoante a Associação de Lojistas dos Shoppings (ALSHOP) o faturamento do Natal empatou com o do ano passado, considerando as mesmas lojas, lembrando que a economia em 2012 cresceu algo como 1% (antes, o número fora de 0,9%, revisto recentemente pelo IBGE, para 1%). Para este ano se espera 2%. Geralmente, ALSHOP, SPC, SERASA são otimistas (nesta ordem). Mas, estão decepcionados, sendo bom lembrar que os subsídios para o consumo existentes ainda existem e vão ser retirados em 2014.
Sob o ponto de vista macroeconômico, a crença em geral é de que o modelo de crescimento adotado desde 2003, pelos governos do PT, baseado no consumo das famílias, estímulos aos créditos populares (consignado, direto ao consumidor), elevação real do salário família, reforço dos programas sociais, dentre outros, não vem, a três anos do governo da presidente Dilma, trazendo dinamismo ao sistema econômico nacional. Retraindo os consumidores vieram também os efeitos da inflação destes três anos, em torno de 6%; a elevação dos juros básicos da economia, que se traduz elevação, em geral, dos juros; o aumento próximo de 20% do preço do dólar; as expectativas não otimistas para 2014, repetindo 2013, repetindo 2012, repetindo 2011, de que a economia brasileira patina no modelo econômico que já deveria ter mudado e as reformas econômicas prometidas em campanhas políticas de serem realizadas. A propósito, a reforma mais citada é a tributária. Mas, qual? Os sinais que dão o governo são justamente ao contrário, além de retirar os subsídios, ele reajustou a tabela do imposto de renda na fonte em 4,5%, muito inferior à taxa esperada de inflação próxima de 6%. Referida prática vem sendo feita, pelo menos, desde a estabilização de 1994, o que mostra que a carga tributária só tende a subir, inibindo os investimentos e, com isso, sendo baixas as perspectivas de melhoria na taxa de crescimento econômico. 

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