28/12/2013 - SINAIS DE MUDANÇAS


 
Ao insistir com o modelo baseado na expansão do consumo das famílias, cujo maior exemplo é a classe média ter passado de 36%, em 1994, para 52%, em 2012, a equipe econômica atual colheu piores frutos do que a anterior, muito embora o ministro da Fazenda foi o mesmo, pelo menos em dois mandatos (segundo de Lula e o de Dilma), Guido Mantega. Na verdade, o homem forte da economia com Lula foi Henrique Meirelles, que permaneceu do primeiro ao último dia na presidência do Banco Central. A personagem Guido foi ministro do Planejamento, presidente do BNDES, somente ocupando o lugar de Antônio Palocci, ministro da Fazenda, porém seguindo a ortodoxia, com Meirelles, o primeiro saiu por denúncias de corrupção, quando Guido assumiu o ministério da Fazenda. Mas, um ministro apagado, na época e agora, onde sobressaia Meirelles. A prova cabal é que a presidente Dilma se refere a permanência de Guido, em provável segundo mandato, tendo os mercados pedindo a volta de Meirelles. O que se percebe é que “o mais da mesma coisa” está com dias contados. Em outras palavras, a direção ortodoxa frouxa, via Guido, mudará ou não vingará a próxima gestão, porque não retornarão com força os investimentos dos grandes capitalistas, conforme a própria equipe econômica já percebe isto.
Alguns se referem a que os governos do PT não são ortodoxos, vez que reforçam o poder do Estado, principalmente com Dilma, que criou ainda mais estatais e órgãos de fiscalização. Ora, tais entidades são exigências dos 400 mil filiados ao ano PT, bem como aos reclamos de mais de 18 partidos da chamada base aliada. É a chamada partidarização governamental. O projeto é permanecem no poder indefinidamente. Para tal, usou dois esquemas: o dos Programas Sociais, contemplando 25% da população; outro esquema, ocorreu nas alianças com o grande capital dos dois maiores conglomerados existentes no País, qual sejam a indústria automobilística e a indústria da construção civil, alianças montadas desde o governo de JK. Nisto, somente nisto, parecem-se com os regimes socialistas, autoritários e discricionários. Outros, equivocadamente, dizem que tais posições são de esquerda. Uma esquerda que faz um grupo para dominar os demais. É aquela estória da democracia de atenienses, somente para os privilegiados.
O primeiro sinal de mudança neste se tratou do reestabelecimento do regime de concessões de áreas da infraestrutura, onde claramente o governo não tem condições de investir, embora querendo controlar os esquemas de concessões. O segundo sinal é de que os subsídios ao consumo principalmente de automóveis já se esgotou faz mais de um ano. A propósito, a indústria automobilística, toda ela multinacional, beneficiou-se enormemente, crescendo, em média 11% ao ano, de 2004 a 2012. Agora, chegou à estagnação.
O que dizer das grandes empreiteiras?  

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