26/12/2013 - FORMAÇÃO POLÍTICA
No Brasil existem mais de 30
partidos políticos, que se dividem em bancadas, definindo o conjunto de seus
interesses. Secularmente, a maior bancada é a ruralista, possuindo mais de 100
deputados federais, aproximadamente 20% da Câmara Nacional de 513 componentes. Historicamente,
os ruralistas impediram, quando não empataram, a industrialização e a
urbanização do País. Lógico, isto atrasou o progresso, sendo o Brasil
considerado como subdesenvolvido por cinco séculos. Porém, no sexto século de
sua existência, os ruralistas brasileiros vêm ocupando espaços para o
agronegócio, elevando o valor agregado, para a agroindústria, enfim, possuindo
a maior produtividade entre os segmentos produtivos brasileiros. Vários
entraves foram retirados, sendo o principal a consolidação das principais
instituições, através da Constituição de 1988, bem como da estabilidade
monetária, conquistada com o Plano Real em 1994. Pouco tempo depois, o Brasil
passou a ser respeitado internacionalmente e foi considerado como país
emergente. Entretanto, milhares de projetos ficam empacados no Congresso,
impedindo que o Brasil consiga ser um pais desenvolvido. Isto é, as mudanças
civilizadas ocorrem vagarosamente.
Nas três últimas décadas surgiu a
bancada evangélica, que também possui mais de 30 organizações religiosas, sendo
estes 22% dos brasileiros, seguidos por expressivos 65% dos católicos, que já
foram 99% durante a etapa imperial, restando 13% de ateus e de outras
religiões. Os evangélicos se declaram como 73 parlamentares, mas pretendem no
ano que vem se tornarem até 95 deputados, em torno de 18% das cadeiras
disponíveis. Quer dizer, duas bancadas fortes podem representar uma rigidez
muito grande, na decisão da vontade da maioria dos brasileiros. Os ruralistas
são ferreamente unidos. Os evangélicos se pautam pela fidelidade de seus
líderes religiosos.
No geral, a conformação acima
identificada é de uma democracia de rígidas normas e de difíceis decisões.
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