13/12/2013 - SAÍDA EDUCACIONAL


 

Qual a saída para o Brasil alcançar a média educacional dos países avançados? Sem dúvida, alcançando tal média o Brasil certamente seria desenvolvido. Quem acompanha 65 países avançados e aqueles de grande potencial é a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O teste realizado é mundialmente conhecido pela sigla PISA. A variação teoricamente está no intervalo de zero a 1.000 pontos. Desde 2000, a cada três anos é feita uma pesquisa pela OCDE. A quinta delas, feita em 2012, apresentou o Brasil, na disciplina de matemática, em 58º lugar, com média dos alunos de 15 anos de idade, sempre os escolhidos, os quais obtiveram nota média de 391, assim como em 53º, em ciências, nota média de 450 pontos, entre 65 países pesquisados. Por si só, as notas médias observadas estão abaixo dos 500 pontos, que seriam os pontos médios de todos eles, entre zero e 1.000 pontos. Por seu turno, a média dos países avançados se encontra acima de 700 pontos, como logicamente é fácil de entender e de aceitar.
No período de referência do teste PISA, de treze anos, o Brasil tem progredido muito pouco. No ritmo que vem, segundo Andreas Schleicher, vice-presidente da OCDE, coordenador do PISA, os brasileiros passarão 25 anos para atingir a média dos estudantes dos países ricos. O maior avanço que aconteceu de 2000 para cá, foi a redução de 35% para 22% daqueles estudantes que não concluem o ensino fundamental.  O que fazer? Conforme ele, o primeiro passo é empenhar-se em formar grupos de excelência, atraindo jovens talentosos para o magistério e investir para torná-los excelentes instrutores. Depois, fazê-los chegar para todas as camadas, principalmente as mais pobres, tal como faz atualmente a China, que tirou primeiro lugar no teste PISA. A escolha certa, na qual os brasileiros começaram a apontar, é dedicar-se a atenção primordial à melhoria da base de ensino. O Vietnã, avaliado pela primeira vez, demonstrou a universalização do ensino, estando em 17º lugar. Por fim, acredita o professor citado, que a falta de ambição dos brasileiros mais pobres é o maior problema. Isto é evidente no contentamento de cerca de 14 milhões de famílias, atualmente atendidas pelo Programa Bolsa Família, número expressivo de 50 milhões de pessoas, que deixaram de ser miseráveis, mas são pobres. O próprio governo mostra que, dentro de 10 anos de vida do programa referido, somente 10% se tornaram emancipados. Um número muito inexpressivo, perante os assistidos. Em seguida, a repetência é também um problema grave, cuja saída é ajudar os alunos a superarem os bloqueios para aprender, segundo o professor Andreas.

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