29/01/2013 - POPULAÇÃO SE ESTABILIZARÁ
De 12.000 anos antes de Cristo
até 1800 depois de Cristo, a expectativa de vida mundial ficou estabilizada em
apenas 25 anos de idade. Na verdade, o crescimento lento do progresso se deu
por uma vida basicamente rural e em pequenas cidades. Nos mais de 200 anos
depois a expectativa da população mundial alcançou 65 anos. No Brasil, ela já é
de 73 anos. No Japão ultrapassa 80 anos. Enfim, no mundo desenvolvido a
expectativa de vida é maior do que a brasileira. Os principais motivos da
velocidade dos 210 anos se devem à rápida urbanização, com a consequente
industrialização, bem como ao progresso da medicina. No último período tempo
citado a população mundial subiu de um bilhão para sete bilhões de habitantes.
Contudo, nas últimas décadas a taxa de crescimento populacional vem caindo
fortemente. Dessa forma, a população mundial chegará a perto de 10 bilhões em
2050. Aí se estabilizará ou crescerá muito pouco devido principalmente ao
planejamento familiar.
A pirâmide das pessoas na
população tem aumentado o número de pessoas idosas. Por outro lado, o
contingente chinês é um dos que mais rapidamente envelhecem cerca de três vezes
mais ligeiro do que o dos Estados Unidos. Em decorrência, a população
economicamente ativa diminuirá no globo como um todo, ficando mais oneroso
sustentar os mais velhos. Além disso, os recursos produtivos, tais como os
energéticos crescerão 50% nos próximos 25 anos. A matriz energética de
renováveis é somente 15% do global e cada vez ficarão mais caros os
combustíveis fósseis.
No caso brasileiro a Petrobras
não tem conseguido ampliar a sua produção, por restrições de caixa para
investimentos e de deficiências tecnológicas em águas profundas. Por seu turno,
os incentivos à aquisição de veículos, bem como o desestímulo ao uso da
complementação com o álcool têm feito do Brasil crescente importador de
petróleo. Problemas do aperto financeiro decorrentes tem colocado a estatal
atrasando pagamentos, com algumas empresas fornecedoras, as quais ingressaram
em processo de recuperação judicial. Alega a Petrobras que o aumento de 6,6% da
gasolina e de 5,4% do óleo diesel não lhe dará fôlego para investimentos. O
governo não quer aumentar mais os preços dos combustíveis, para não haver
repercussão inflacionária. Em consequência, o preço das ações em bolsa de
valores caiu cerca de 40%. Claro, que colocar nos preços dos combustíveis a
principal carga é mais fácil por pleitear por maiores preços. Porém, já está definido
que está caro e difícil explorar petróleo da camada do pré-sal, visto que a
extração de óleos em águas profundas tem elevados custos de implantação e de
operação. Não é tão fácil como anunciado desde 2006, até de que o Brasil seria
exportador de petróleo. Está cada vez mais distante isto, por enquanto a
produção ainda é bastante incipiente.
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