03/02/2013 - VÍTIMAS DO PRÉ-SAL

Anunciado com estardalhaço em 2006, pelo ex-presidente Lula, as descobertas de vários campos de petróleo na região Sudeste, que já era a grande produção nacional, na camada do pré-sal, petróleo que seria prospectado em 6.000 metros abaixo do nível do mar, até hoje não há explicações convincentes porque não tem sido exitoso. Pelo contrário, é sabido agora pela imprensa que a Petrobras não está pagando em dia aos fornecedores. Dois casos estão confirmados, o da GDK, empresa privada baiana, que pediu recuperação judicial, bem como o da maior empresa fornecedora brasileira, a LUPATEK, do Rio Grande do Sul. Esta estaria procurando sócio ou financiamentos para sair da situação de dificuldades. Se não levantar R$800 milhões até março, a empresa corre o risco de não ter recursos para pagar salários.

A empresa gaúcha fornece equipamentos e serviços para plataformas da Petrobras. Cinco anos atrás, quando o ex-presidente Lula fazia uma grande publicidade, o presidente Hugo Chávez chegou a brincar que o País seria exportador de petróleo, membro da OPEP. O Brasil estava fascinado com as expectativas vendidas. A LUPATECK chegou a valer R$3 bilhões na bolsa de valores, visto quer iria desenvolver dezenas de novas plataformas para explorar o pré-sal, fato que não veio a acontecer na forma esperada. Hoje a empresa vale 10% do seu valor, R$300 milhões. Diferentemente da GDK, os controladores da LUPATECK são o BNDES e o fundo DE pensão PETROS, os quais já contrataram o Bank of America Merril Lynch para tentar captar as suas necessidades de R$800 milhões e a empresa está valendo cerca de um terço deste valor. Provavelmente, a viúva será obrigada a comparecer com os seus controladores referidos. 

Em face do exposto, a quebradeira será ainda maior com outros fornecedores. Claro, em democracia isto tem que ser explicado. O governo federal, que detêm controle da Petrobras precisa fazer um diagnóstico real do segmento produtivo em referência. Os próprios funcionários da estatal já estão se movimentando para saber a verdadeira situação, se é que já não sabem e irão cobrar a solução do problema.