16/02/2013 - FAVELAS E MISÉRIA
Existe uma Central Única de
Favelas do Rio de Janeiro, provavelmente deve haver uma em São Paulo, além de
muitas outras organizações nas favelas Brasil afora. Estudo da consultoria de
São Paulo Data Popular, citado pela revista Exame, datada de 20-02-2012, no.
1035, ano 47, p. 20, não informa o número de favelas, mas apresenta o número de
favelados de 12 milhões de almas. Considerando a população brasileira de 195
milhões em 2012, estes seriam 6% do total. Entretanto, a referida consultoria
calcula no poder de consumo anual deles de R$55 bilhões. Vai mais além,
afirmando que 52% pertencem à classe C, tornando-se informação útil para a
produção empresarial. A ideia deles é que os grandes capitalistas contratem
moradores favelados para fazerem pesquisas e apontarem os objetos de consumo
das favelas.
O número de 52% pertencerem à
classe média nas favelas é o mesmo número que o IBGE e a Fundação Getúlio
Vargas estimam para o Brasil como um todo. Logo, o Brasil seria uma imensa
favela, como generalização da pesquisa sobre os 12 milhões de cidadãos citados.
Isto não corresponde à verdade e se deve ter o espírito crítico de que as
favelas se apresentam ainda em condições subumanas, estando a grande maioria
sem a mínima infraestrutura necessária, aonde se proliferam pragas, doenças,
vícios, tráficos, falta de escolas, centro médicos, dentre outras. É preciso
ter cuidado com as informações e ilações desencontradas.
A mesma revista, página 51, na
coluna Vida Real, escrita por J. R. Guzzo, intitulando: “O fim da miséria¿”,
com extenso subtítulo: “O governo promete que de março em diante não existirá
mais pobreza extrema no Brasil. É mais do que óbvio que ainda haverá muita gente
vivendo em situação miserável no País, mas não mais nas estatísticas oficiais”.
Ora, na cidade mais rica do
Brasil, onde também existem “cracolândias”, assim como miseráveis dormindo nas
ruas, debaixo das pontes, em invasões em geral, sendo milhões de pessoas pelo
Brasil afora sem teto e sem terra. Sem dúvida, é preciso extirpar da mente de
muitos pesquisadores as mistificações seculares.
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