04/02/2013 - PLANOS REGIONAIS
O primeiro plano regional
brasileiro nasceu no final do século XIX, com o planejamento da cidade de Belo
Horizonte. Mas, era preciso pensar no planejamento nacional. Durante o Império,
o planejamento que houve, decorreu para a consolidação dos 8,5 milhões de
quilômetros quadrados. Contudo, não houve um plano realmente de desenvolvimento
e o Brasil se atrasou por cerca de um século em relação aos países avançados,
que começaram a industrialização no século XIX e a consolidaram na primeira
metade do século XX. Durante a República Velha permaneceu o marasmo antigo da
política chamada de ‘café com leite’, em resumo, café de São Paulo e leite de
Minas Gerais. O golpe militar de 1930 iria planejar a indústria substitutiva de
importações e o planejamento não fora integral. Em 1939, na aliança entre
Brasil e Estados Unidos, para o esforço da guerra mundial, foi realizado o
Plano de Obras de Defesa. Porém, somente depois de dez anos é que foi feito
mesmo o primeiro plano de desenvolvimento nacional, o Plano SALTE. Depois veio
o Plano de Metas, prevendo a construção de Brasília, o Plano Trienal, o Plano
PAEG, o Plano PED, o Plano I PND, o Plano II PND, o Plano III PND. Todos planos
de desenvolvimento. No período (1949-1979) o Brasil foi o país que mais cresceu
no mundo, à razão de 7% ao ano. Os estouros orçamentários e as duas crises do
petróleo (1973 e 1979), inviabilizaram um plano de desenvolvimento e o Brasil
teve que fazer programas de estabilização, sendo eles: Plano Cruzado, Plano
Cruzado II, Plano Bresser, Plano Verão, Plano Collor, Plano Collor II, Plano
Real. Estabilizada a economia, não se retornou mais aos planos de
desenvolvimento. O que existe é o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC,
desdobrado em PAC 1, PAC 2, PAC 3, todos incompletos e o PAC 3 é para 2018),
desde 2007, que é um programa de infraestrutura de muitas dificuldades
encontradas.
Não obstante o exposto, o governo
de Minas Gerais, desde 2003 resolveu resgatar o planejamento, a partir da
viabilização do aeroporto de Confins, com base em estudos exitosos de Menphis,
nos Estados Unidos e em Nova Songdo, na Coréia do Sul. O plano global mineiro
incentivou a criação de um polo de empresas de ponta em volta de Confins, para
implantar em 20 anos segmentos como componentes eletrônicos, equipamento médico
e aeroespacial, objetivando elevar a participação da região metropolitana de
Confins de no PIB mineiro de 35% para 50%. Chama-se Perfil do Vetor Norte,
abrangendo 13 municípios, área de 2.100 quilômetros quadrados, maior do que São
Paulo e Curitiba somados, cujos investimentos públicos e privados serão de R$6
bilhões, para 2005 a 2015. Realmente, estão sendo atraídas inúmeras empresas.
Um exemplo significativo é o de Alphaville Urbanismo, que lançou um
empreendimento residencial na região, em 2012, vendendo os 542 lotes em seis
horas. Sem dúvida, conforme consta do manual de Keynes (Teoria Geral) os
investimentos privados ocorrem porque o poder público emite sinais corretos.
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