01/02/2013 - TENTATIVAS DE RETOMADA
Frequentemente, a revista Isto é
elogia o atual governo federal, o que lhe faz o oposto em críticas ao seu
intervencionismo na área econômica, a revista de economia Exame. A posição da
Isto é de que a presidente Dilma atingiu grande popularidade, por volta de 80%,
devido à austeridade em que se conduz, afastando aqueles autores de malfeitos,
conforme fez com oito ministros, mantendo a Polícia Federal com a sua
determinação de apuração de corrupção. Porém, as medidas que tomou para
defender a economia brasileira de contágio da crise internacional, tais como
subsídios a 42 segmentos produtivos, desonerações da folha de pagamento, em
especial para a indústria automobilística, da construção civil e
eletroeletrônica, não produziram o efeito desejado. Até mesmo para tais
segmentos chamados de especiais. A indústria como um todo recuou cerca de 2,5%,
em 2012. No geral, no ano de 2011 o PIB cresceu 2,7% e em 2012 deve crescer por
volta de 1%. Isto denota que não são estes os caminho. As críticas são de que
os estímulos deram certo em 2009-2010 por que havia capacidade ociosa
considerável, algo que passou a não existir a partir de 2011. Outra crítica é
de que a equipe econômica não tem conseguido gerar confiança dos empresários
para voltar a investir. Na semana passada, resolveu atender as reclamações
feitas principalmente pela Federação das Indústrias de São Paulo, para reduzir
o custo da energia elétrica. O artigo da Isto é, assinado por Leonardo Attuch,
datado de 30-01-2013 começa assim: “Contra tudo e contra todos, Dilma venceu.
Na quarta feira 23, quando anunciou a redução de 18% na conta de luz das
famílias e de até 32% para as indústrias, ela conseguiu algo que, há alguns
anos, pareceria inimaginável: reduzir preços de um dos setores mais importantes
da economia, agindo dentro das regras de mercado”. É aguardar para ver se ela
acertou com a convicção do referido autor.
A revista Exame, datada de
06-02-2013, chama em seu artigo “Um Vaivém de erros”. “Para baixar a inflação e
induzir o crescimento, o governo apela para medidas que já tiveram resultados
desastrosos no passado. Por que não aprendemos as lições da história¿” Enumera
o que ela chama de quatro erros. (1) Controle de preços. Não funcionou por
longo tempo, haja vista o que houve dos anos de 1960 até 1994 grandes ondas
inflacionárias. (2) Protecionismo. Este sempre veio acompanhado de retaliação
internacional. (3) Drible no orçamento. De 1964 a 1986 o Banco Central repassou
ao Banco do Brasil, pela conta movimento, dinheiro fora do orçamento. A
inflação subiu e a dívida pública líquida atingiu 56% do PIB em 1984. (4)
Desajuste fiscal. Ao mascarar os gastos públicos, as contas públicas não eram
disciplinadas até a criação do superávit fiscal em 1999. O Brasil só obteve o
grau de investimento internacional em 2008. Isto é, só 16 anos depois do Chile.
Na verdade, as duas revistas
defendem a continuidade de políticas econômicas de curto prazo, quando o Brasil
deveria retomar o planejamento econômico, implantando as reformas estruturais,
prometidas, mas não cumpridas.
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