22/02/2012 - DÍVIDA FEDERAL
O Tesouro Nacional informou que a
previsão é de que a dívida pública encerre o ano de 2013 em até R$2,240
bilhões, correspondendo a um incremento de 11,55%, em relação a 2012. Este é o
limite do endividamento constante do Plano Anual de Financiamento, divulgado
ontem pelo órgão acima citado. No ano passado, a dívida pública se encerrou em
R$2,008 bilhões. No caso específico, haverá um endividamento ainda maior, haja
vista que as expectativas mais otimistas estimam um PIB crescendo entre 3% a 4%
neste ano. Somente o pagamento dos juros da dívida federal em 2012 alcançou 20%
do orçamento público, tratando-se de pagamento de parte dos juros, visto que
outra parte foi rolada, o que irá acontecer também neste ano, devido ao
incremento da dívida pública em quase 12%, como previsão. Tal política vem
tornando asfixiante o orçamento público, não dando grande margem para que o
governo federal invista fortemente em infraestrutura.
O passo largo em referência
servirá também para capitalizar o BNDES, conforme tem acontecido nos três
últimos anos. BNDES, este que financia investimentos produtivos de longo prazo,
principalmente das grandes corporações do mercado de bolsa de valores.
Prossegue o governo na tentativa de atrair novos empreendimentos. Ocorre que é
justamente as grandes empresas, que possuem muito dinheiro em caixa, que estão
cautelosos e até com falta de confiança nos passos dados até agora pela
presidente Dilma, principalmente nas parcerias público–privada, nas quais o seu governo tem fixado regras de rentabilidade
que eles não têm concordado. Tampouco, com a criação de novas estatais para
participar de novas parcerias.
Vale dizer que o pacto construído
pelo ex-presidente Lula está, segundo as classes empresariais, colocando
dúvidas na sua continuidade pela presidente Dilma, haja vista a desaceleração
do crescimento econômico dos dois últimos anos, bem como observada também pelos
índices de desconfiança das entidades empresariais.
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