08/02/2013 - BANCO DE FOMENTO
Há sete décadas foi
criado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), no governo
democrático de Getúlio Vargas. O seu principal escopo seria financiar a empresa
nacional, em razão da carência de capitais da empresa brasileira, de natureza
industrial. As firmas rurais eram financiadas e continuam sendo basicamente
pelo Banco do Brasil. Hoje as agroindústrias podem ser financiadas pelo
referido banco. Era proibido financiar a empresa estrangeira diretamente.
Somente poderia ser financiado o equipamento que tivesse índice de
nacionalização superior a 60%, fabricado ou montado no Brasil, por
multinacional produzindo em território nacional, através da subsidiária Agência
de Financiamento Industrial – FINAME. A primeira mudança do BNDE se deu durante
o regime militar (1964-1974), quando foi criado ao BNDE-PAR, objetivando a
instituição aportar recursos como acionista empresarial, fortalecendo a empresa
nacional. No governo de José Sarney (1985-1990) se acrescentou a palavra social
no seu nome, passando a ser Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES). Dessa forma, outras instituições poderiam obter também
financiamentos de longo prazo na citada instituição. A citada modernização do
governo de Fernando Collor (1990-1992), com consequente privatização de várias
estatais, o BNDES passou a financiar qualquer tipo de empresa. Porém, a
tendência do BNDES foi o de financiar o grande capital, deixando o pequeno
capital, para ser financiado via sistema bancário em geral, repassador de seus
recursos. O BNDES é o maior banco de fomento brasileiro. Isto é, somente
financia o aumento dos estoques de empresas, em prazos muito longos, podendo
chegar até 20 anos.
Desde 2007, no segundo
mandato do ex-presidente Lula, vem sido dirigido pelo professor Luciano
Coutinho, da UNICAMP, muito conhecido tanto no mundo acadêmico como
empresarial. Na sua gestão, o BNDES cresceu muito mais do que nas gestões
anteriores. Porém, criou séria disfunção, por estar fomentando a criação de
oligopólios e oligopsônios. O oligopólio é a presença de poucos vendedores no
mercado. O povo já conhece a sua atuação, na manipulação de preços, tal como
ocorre com rede de farmácias, postos de gasolina, supermercados, dentre outros.
O oligopsônio é a presença de poucos compradores, tal como ocorre com as
agroindústrias, tanto no mercado doméstico como para exportações, tais como as
produtoras de carnes. Claro, essas são
formas contrárias a competitividade. Por sua vez, são empresas que visam
basicamente o lucro e colocam o social em segundo plano. Essa é a critica maior
que a oposição lhe faz, que, por ironia, é o PT que está patrocinando.
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