24/02/2013 - COMBATE À INFLAÇÃO
Inflação acima de 6% é
preocupante, em um país que já sofreu enormemente com tal sequela. Porém, desde
1994, o Brasil tem usado de forma acertada a taxa de juros como principal
mecanismo de seu combate. Entretanto, no governo Dilma está aparecendo outra
incógnita. Trata-se de identificar porque a taxa básica de juros (SELIC) foi
derrubada paulatinamente em 5,25% em um ano e a inflação ficou praticamente no
mesmo patamar. A SELIC está em 7,25%, posição antes nunca vista. Porém,
dificilmente cairá dela. Pelo contrário, é mais provável que a equipe econômica
eleve um pouco a SELIC. Situação nova, a inflação brasileira resiste na casa de
6% anuais. A rigor, o IPCA de 12 meses está em 6,15%. Para Mailson da Nóbrega,
ex-ministro da Fazenda, consultor econômico prestigiado: “A solução é simples e
direta: é aumentar os juros”. Os modelos matemáticos aplicados na economia
estão procurando captar outras variáveis exógenas, visto que a situação mudou
bastante na última década. De forte crescimento para forte recessão temporal. A
recessão instalada no mundo rico se prolonga por cinco anos, dando sinais de
recuperação, mas de lento retorno.
No ano passado, a economia
brasileira sentiu bastante a valorização do real em relação ao dólar, por volta
de 10%. Mesmo assim o real está cerca de 30% acima do dólar. A política cambial
não deverá mudar, neste ano, ficando o dólar em R$2,00. Portanto, a questão
inflacionária ficará por conta praticamente das variáveis endógenas. Em um
Brasil que exorcizou controle de preços, a única saída ortodoxa é elevar a
SELIC.
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